Menina de 12 anos morre baleada na Favela do Guarda, no Rio
Moradores contaram que traficantes atacaram uma praça pública. Um homem, que teria ligação com a milícia foi ferido de raspão
Uma menina de 12 anos morreu num tiroteio na Favela do Guarda, em Del Castilho, na Zona Norte do Rio, na noite desta quinta-feira (5). A comunidade fica entre a Avenida Pastor Martin Luther King e a Linha Amarela.
Segundo moradores, homens que eram da milícia e migraram para o tráfico do Comando Vermelho (CV) chegaram de carro e fizeram vários disparos contra uma praça pública. No momento do ataque, várias crianças brincavam no local. Após os disparos, os homens fugiram.
Kamila Vitória Aparecida de Souza Silva foi ferida na perna. O tiro atingiu a veia femoral. Ela foi levada por familiares para o Hospital Salgado Filho, no Méier, também Zona Norte, passou por cirurgia, mas não resistiu.
Kamila Vitória tinha um irmão, um bebê de 5 meses. Ao g1, amigos da família contaram que os pais estão bastantes abalados. O corpo da menina foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), do Centro.
Os tiros também atingiram outro morador da comunidade, que foi ferido de raspão no braço. Levado para o mesmo hospital, foi atendido e liberado. Segundo testemunhas, o homem teria ligação com a milícia.
Testemunhas disseram ainda que, há um mês, o CV entrou na comunidade, matou um miliciano e baleou um morador.
O caso foi registrado na 23ª DP (Méier) e será encaminhado para a Delegacia de Homicídio da Capital (DHC).
Guerra após morte de miliciano
Desde 2022, traficantes do Comando Vermelho tentam tomar comunidades dominadas por milicianos nos bairros de Inhaúma, Abolição e Pilares, na Zona Norte.
Nessas localidades, quem dominava era o paramilitar Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, assassinado naquele ano em uma troca de tiros na comunidade da Guarda, em Del Castilho.
Desde então, bandidos e narcomilicianos disputam a bala o comando das comunidades Guarda e Águia de Ouro, em Inhaúma; Cardim e Belém-Belém, em Pilares; e comunidade da Coroa, na Abolição.
*Com informações G1
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