Megaoperação na Penha tenta prender chefes do Comando Vermelho
Moradores disseram que os confrontos começaram às 5h20. Um casal foi preso. Linhas de ônibus pararam de circular e escolas não abriram
A Polícia Civil do RJ iniciou nesta terça-feira (3) uma grande ação no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, para prender traficantes da facção Comando Vermelho. É mais uma fase da Operação Torniquete, que combate o roubo de cargas e de veículos. Ônibus deixaram de circular, e escolas e postos de saúde não abriram. Veja em detalhes os impactos à população.
Chefes da facção eram procurados — entre eles, o traficante Edgar Alves de Andrade, o Doca. Os policiais também tentavam prender criminosos foragidos do Pará e do Ceará escondidos na Penha.
Até a última atualização desta reportagem, havia registro de um casal preso e de 5 feridos, todos atendidos no Hospital Estadual Getúlio Vargas.
Ainda internados:
Ágatha Alves de Souza, de 22 anos, foi baleada na perna em um ponto de ônibus. Seu estado era grave;
um policial civil baleado no peito.
Receberam alta:
Davyson Aquino da Silva;
Manuel Rodrigues de Sousa;
Tamires Silva Soares.
Há relatos de tiroteio desde as 5h20, e traficantes atearam fogo a barricadas — até um carro foi incendiado.
A Tv Globo apurou que uma equipe da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a tropa de elite da Polícia Civil, foi primeiro para o conjunto de favelas. Outros 200 agentes de 18 unidades foram mobilizados a partir da Cidade da Polícia.
“A ação integrada tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra traficantes do Comando Vermelho (CV) responsáveis, entre outros crimes, por ordenar roubos de veículos e de cargas para financiar a ‘caixinha’ da organização criminosa, o que viabiliza a compra de armamento, munição e o pagamento de uma ‘mesada’ aos parentes de integrantes presos da facção e de lideranças do grupo”, explicou a Polícia Civil, em nota.
“Segundo as investigações, é do Complexo da Penha de onde partem as ordens para as disputas entre rivais em busca de expandir territórios.”
Moradores relataram terem visto pelo menos 5 blindados circulando pelas comunidades e um helicóptero sobrevoando o complexo. Por volta das 6h, policiais fecharam todos os acessos da Rua Uranos, uma das principais da Penha.
Também participavam da ação a Polícia Militar e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ).
*Com informações G1
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