Manifestantes são recebidos na Prefeitura de São Gonçalo
Servidores realizaram manifestação na manhã desta sexta (20)
Por Cláudio Figueiras
Na manhã desta sexta (20), um grupo de aproximadamente 60 servidores públicos, representados pelo Sindicato dos Profissionais de Ensino (Sepe) e pelo Sindicato dos Servidores Públicos Efetivos de São Gonçalo (Sindspef), se reuniu em frente à Prefeitura de São Gonçalo, no Centro, para protestar e chamar atenção do governo sobre uma série de violações de direitos dos trabalhadores cometidas pela administração do prefeito Nelson Ruas (PL).
O ato unificado nas escadarias da Prefeitura apresentou reivindicações distintas de cada categoria, como o cumprimento de acordos já celebrados na Justiça, anulação de punições administrativas abusivas a trabalhadores grevistas, convocação de concursados e reajuste salarial. Os trabalhadores também protestaram contra a reforma administrativa (PEC 32) do governo Bolsonaro.
No final da manhã, lideranças sindicais presentes na manifestação foram recebidas na Prefeitura pelos secretários Rodrigo Torregrosa (Administração) e Douglas Ruas (Gestão Integrada), que prometeram analisar, caso a caso, os pontos abordados na reunião.
Torregrosa e Ruas não deram garantias, porém, de que as reivindicações apresentadas possam ou serão atendidas. Com exceção das punições administrativas aplicadas aos professores que aderiram à greve feita pela categoria em junho, que serão anuladas, o dinheiro descontado devolvido e a vida funcional regularizada.
"De concreto, tivemos a palavra do secretário Douglas e do secretário de Administração de que eles farão contato com Maurício (Nascimento, secretário de Educação) para organizar a devolução do dinheiro descontado do salário no período de greve. Eles irão revolver e a questão da vida funcional de quem recebeu códigos de faltas e atrasos, criando um código de greve para ajeitar a vida funcional do servidor da Educação que foi descontado", disse Maria Nascimento, diretora do Sepe.
O vereador Prof. Josemar (Psol) foi convidado pelo Sepe para compor à mesa de reunião como observador. O vereador Romario Regis (PCdoB) participou da manifestação, mas ficou de fora da reunião.
Foi a primeira manifestação presencial dos trabalhadores após o início da pandemia
Reivindicações
O Sepe pede o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que garante reposição de perdas referentes ao pagamento do piso salarial nacional do Magistério a partir de 2017, convocação imediata dos concursados de 2016, realização do concurso adiado de 2020, solução dos problemas estruturais nas escolas e a anulação das punições "arbitrárias' dadas aos professores grevistas pela então secretária de Educação, Licia Damasceno, demitida pelo prefeito Nelson Ruas (PL) em julho.
Já o Sindspef teve como pauta o cumprimento, pelo governo Nelson Ruas, do reajuste geral anual dos salários dos servidores que está congelado desde 2019.
Atualizado às 20h.