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Malafaia de ontem, hoje e a busca pelo poder total - por Helcio Albano


Malafaia ontem e hoje/Foto: Reprodução
Malafaia ontem e hoje/Foto: Reprodução

Eu não sei exatamente em que curva da história o senhor Silas Malafaia tornou-se esse ser desprezível servo de Mamon. Nada nele lembra aquele pastor vibrante. Que nas manhãs de domingo, em Madureira, enchia de esperança e paz perene em Cristo os corações daqueles que o procuravam em busca de conforto espiritual nesse turbilhão de contradições que sempre foi o Rio de Janeiro. Esse pastor é coisa do passado, assim como seu indefectível bigode mexicano.


Malafaia desde então abraçou com força o mundanismo. E deu a ele uma explicação pseudo-teológica para justificar os prazeres que essa entrega porporciona. E da teologia da prosperidade - antes condenada - deu-lha uma nova roupagem com a máxima: o bem-estar espiritual a gente compra. Eis, então, o avesso, do avesso, do avesso da Exegese Cristã, substituída pelo miliciano-capitalismo. Que busca, aqui e agora, o poder total e pleno, que só se dá através do trino pagão dinheiro-política-violência.



Nós, gonçalenses, conhecemos bem a figura, que em 2020 deu seu quinhão à vitória do capitão como sempre faz - depois de sabe-se-lá que acordo: mentindo. Hoje, porém, duas notícias o alcançam. A primeira, é de que estaria pagando comparsas pastores com dinheiro público.


A segunda, diz respeito à promessa que fez de "botar terror" no 7 de Setembro, ao lado do seBozo, em Copacabana. Tudo isso depois de ter chamado o Xandão de "desgraçado". Vai vendo...


A contribuição do Rio ao Brasil é ter dado ao país esse trino demoníaco e monolítico rentismo-neopentecostalismo-milícia.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.



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