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Lula satanista? Bolsonaro maçom? Veja o que é verdade e o que é falso

Vídeos compartilhados tentam influenciar o eleitorado evangélico


Por Cláudio Figueiras

Bolsonaro visitou loja maçônica/Foto: Reprodução
Bolsonaro visitou loja maçônica/Foto: Reprodução

Na guerra eleitoral vale tudo?


Viralizou nesta segunda (3) pelas mãos do vereador Carlos Bolsonaro e de políticos bolsonaristas, como a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL) e o senador eleito por Minas Gerais, Cleitinho (PSC), um vídeo em que um homem, identificado como Vicky Vanilla, que se diz satanista, aparece com uma camisa vermelha com a estrela do PT e os dizeres “O voto é secreto”, além de uma montagem da toalha de Lula na parede.


O vídeo, desmascarado como fake news pelo próprio Vicky Vanilla em uma publicação em suas redes sociais, foi direcionado para o público evangélico no sentido de influenciar o voto a favor de Bolsonaro no segundo turno contra Lula. Vanilla, em vários podcasts que participou, se declarou crítico ao petista.



Cristão, se levanta, não fica em cima do muro, a gente precisa agora se levantar. O Estado é laico mas mais de 90% da população é cristã. Para fazer com cristão vocês vão ter que passar por cima de mim”, afirmou Cleitinho em seu Twitter.


Zambelli, na mesma rede, compartilhou o vídeo com a legenda “guerra espiritual”. “É o bem contra o mal! Que D’us nos abençoe e nos livre de toda maldade”.


No final da noite de ontem a campanha de Lula publicou um post no Twitter sobre o vídeo compartilhado pelos bolsonaristas e pediu para que os apoiadores não repercutissem o material na internet.



Já nesta terça (4), em reação à fake news satanista contra Lula, foi resgatado um vídeo - dessa vez verdadeiro - em que Bolsonaro aparece discursando numa loja maçon. Não existe especificação sobre data, mas em seu discurso Bolsonaro fala que está no 7º mandato como deputado federal. Nessa lógica a produção foi antes de sua vitória nas eleições 2018.



No mês passado, de acordo com a coluna Radar, da Veja, o presidente participou do 2º Encontro de Lideranças Empresariais Maçônicas, em São Paulo. A rodada de negócios, reuniu cerca de 1.200 empresários em uma “oportunidade única de encontrar parceiros comerciais, clientes e fornecedores”.


A situação é polêmica porque se envolver com a maçonaria é considerado proibido pela Igreja Católica e mal visto por muitos evangélicos, importante eleitorado nessas eleições 2022.

 

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