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Laudo aponta que prédio onde médica da Marinha foi morta recebeu pelo menos 3 tiros

A capitão de Mar e Guerra Gisele Mello foi atingida na cabeça dentro da Escola de Saúde da Marinha, prédio anexo ao Hospital Marcílio Dias


Foto: Reprodução/Polícia Civil

A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) apontou que o prédio da Escola de Saúde da Marinha, onde a capitão de Mar e Guerra Gisele Mendes foi morta, foi atingido por pelo menos três disparos. As informações são do laudo obtido pela TV Globo nesta quinta-feira (12).


O imóvel pertence ao Hospital Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio. Gisele participava de uma cerimônia no auditório da escola, no 2º andar, na terça-feira (10), quando uma bala perdida entrou pela janela e a atingiu.


Gisele estava em pé e de costas quando foi atingida na nuca. Levada ao centro cirúrgico, morreu algumas horas depois. Ela tinha 55 anos e deixou dois filhos.



A perícia indica que os disparos partiram de uma região de casas, na comunidade do Gambá, que seria utilizada como contenção pelo tráfico da região e fica um pouco acima da janela do auditório.


O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).


Naquele momento, segundo a PM, ocorria uma operação no Lins, a poucos metros da unidade de saúde, para prender criminosos envolvidos em roubos de veículos na região do Grande Méier.



A corporação informou que um blindado foi atacado logo na entrada da comunidade, por volta das 9h.


A região do Lins é cercada por 16 comunidades e é alvo de constantes tiroteios.


Ocupação da Marinha


Nesta manhã, a Marinha ocupou a região do Complexo do Lins com 8 blindados e 250 homens. Eles farão patrulhamentos nas ruas e só vão entrar nas comunidades com autorização do Ministério da Defesa. A ocupação é por tempo indeterminado.


"No intuito de garantir a segurança da tripulação e usuários do Hospital Naval Marcílio Dias, a Marinha do Brasil exercerá ação de presença com meios de fuzileiros navais, na área sob sua jurisdição, adjacente àquela organização militar, até o limite máximo de 1.320 metros do seu perímetro", diz a nota da Marinha.


Os blindados foram estacionados em um pátio entre a ala de emergência e a Escola de Saúde.

Os militares pediram para que motoristas retirassem os veículos do pátio principal do prédio para que facilitar a movimentação da tropa e dos veículos.


Pacientes e funcionários se mostravam apreensivos com a movimentação atípica. Por sua vez, moradores temem novos confrontos no bairro.


*Com informações G1


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