Laboratório afrouxou controle de testes de HIV para lucrar
A informação é do secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi. Seis pacientes acabaram infectados com o vírus. Nesta segunda-feira, duas pessoas ligadas ao laboratório foram presas
Uma quebra no controle de qualidade dos testes de diagnóstico de HIV em órgãos doados foi responsável pela infecção de seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro. A informação é do secretário de Polícia Civil do Rio, delegado Felipe Curi.
Nesta segunda-feira, a polícia prendeu duas pessoas ligadas ao laboratório PCS Lab Saleme, responsável pelos exames. Outras duas estão foragidas.
O delegado Felipe Curi disse que o laboratório diminuiu o controle de qualidade dos reagentes usados nas análises intencionalmente, com o objetivo de lucrar.
O diretor do departamento geral de Polícia Especializada, André Neves, afirma que o reagente usado nos exames precisa passar, diariamente, por um teste de qualidade. Mas, desde de dezembro do ano passado, houve uma determinação no laboratório para passar a testá-lo apenas uma vez por semana.
Nesta segunda-feira, foram presos o sócio majoritário do laboratório, Valter Vieira, e o técnico Ivanilson Fernandes dos Santos, que fazia a análise clínica no material que chegava da central de transplantes. Estão foragidos Jacqueline Iris Barcellar de Assis, cuja assinatura aparece em um dos laudos que atestaram que os doadores de órgãos não tinham HIV, e Cleber de Oliveira Santos, técnico de laboratório.
Outras duas pessoas foram conduzidas para prestar depoimento: os sócios Márcia Nunes Vieira, irmã de Valter Vieira, e Matheus Sales Vieira, filho dele. Matheus é primo do deputado federal Dr. Luizinho, do PP, ex-secretário estadual de Saúde.
A defesa de Walter e Mateus Vieira informou que repudia com veemência a suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório.
Via CBN Rio.
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