Justiça da Venezuela acata pedido de prisão contra ex-candidato presidencial opositor
A Justiça da Venezuela emitiu na noite desta segunda-feira (2) um mandado de prisão do ex-candidato presidencial da oposição Edmundo González Urrutia. Ele é investigado pela publicação de supostas atas eleitorais que teriam sido recolhidas no dia das eleições presidenciais e, posteriormente, utilizadas pela coalizão de extrema direita para não reconhecer os resultados eleitorais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral.
O pedido de prisão foi feito ainda na segunda-feira pelo Ministério Público, que acusa o ex-candidato de “usurpar funções” do CNE por publicar as supostas atas das eleições. De acordo com a decisão do 1º Tribunal Especial Antiterrorismo da Venezuela, além de usurpar funções, González também é acusado de "forjar documentos públicos, instigar desobediência de leis, conspiração, sabotagem e danos de sistemas e associação criminosa".
O pedido de prisão emitido pelo MP veio após Edmundo ter faltado a três intimações seguidas da Justiça. Ele foi convocado para prestar esclarecimentos sobre as eleições nos dias 26, 27 e 30 de agosto, mas não se apresentou em nenhuma das ocasiões.
A convocação foi feita para que González explicasse a divulgação de cerca de 25 mil supostas atas eleitorais de maneira independente e paralela feita pela coalizão opositora em sites particulares. Em uma das páginas, o usuário digitava o seu documento de identidade e aparecia supostamente a ata eleitoral da mesa que aquele usuário votou. Em outra, havia um compilado com os dados de todas as supostas atas que a oposição afirma ter.
González, no entanto, nunca apresentou esses documentos à Suprema Corte quando foi convidado pelo Tribunal a participar do processo de investigação das eleições. O Supremo, por fim, validou os resultados apresentados pelo CNE e confirmou a reeleição do presidente Nicolás Maduro.
*Com informações Brasil de Fato
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