Justiça converte em preventiva prisão de PM que matou feirante na Penha
- Jornal Daki
- há 8 horas
- 2 min de leitura
Segundo testemunhas, o sargento e a mulher teriam chamado Pedro Henrique de 'cracudo' e se referido a ele como 'apenas mais um'

A Justiça do Rio converteu em preventiva a prisão em flagrante do policial militar Fernando Ribeiro Baraúna, que atirou e matou o feirante Pedro Henrique Dantas neste domingo (6), na Penha, Zona Norte do Rio. Segundo testemunhas, a mulher do PM teria acusado a vítima de roubo, o que motivou o ataque.
Durante audiência de custódia nesta segunda-feira (7), feirantes que presenciaram o crime relataram que Fernando, junto da companheira, Natalia Regina Teles, abordaram Pedro enquanto ele montava sua barraca de pastéis. De acordo com os relatos, o PM teria dito 'não corre' e se referido à vítima como 'cracudo'.
Ainda conforme os relatos, a mulher do sargento apontou o feirante como autor de um roubo dentro da boate onde os dois estavam. Achando se tratar de um assalto, a vítima tentou correr, mas foi atingida por um disparo nas costas e outro na perna. Uma prima de Pedro relatou ainda que foi agredida com um soco no rosto pelo sargento logo após os disparos.
Segundo os depoimentos, em seguida, Natalia teria dito que foi ela quem mandou matar o feirante, acrescentando que ele era 'apenas mais um'.
A mulher, no entanto, contesta a versão. Em depoimento, Natalia disse que não presenciou nenhuma confusão na boate mas, quando estava do lado de fora, um homem passou correndo e golpeou Fernando na cabeça. Segundo ela, o agressor estava com um objeto cortante que feriu o pescoço do militar.
Natalia disse que o PM correu atrás do agressor, enquanto ela ficou para trás. Minutos depois, ouviu os disparos. Ela também nega ter se referido a Pedro como 'cracudo' e o acusado de roubo.
O corpo de Pedro Henrique Dantas foi sepultado nesta segunda-feira (7), no Cemitério Municipal de Pedro de Toledo, no interior de São Paulo, onde a família da vítima mora. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital.
O PM era lotado no 18º BPM (Jacarepaguá). Segundo a corporação, a Corregedoria foi acionada e um procedimento apuratório interno foi instaurado.
Segundo a polícia, os exames de alcoolemia realizados em Fernando cinco horas após o ocorrido não indicaram sinais de embriaguez. No entanto, o militar se recusou a fornecer amostra de urina para o exame toxicológico. Ele apresentava escoriações na nuca e um corte.
Testemunhas relataram que Fernando já entrou na rua efetuando disparos, alguns dos quais teriam atingido uma van estacionada no local. Ao apreender a arma, os policiais militares constataram que o carregador estava cheio. Eles, porém, não localizaram o acessório utilizado nos disparos iniciais pelo sargento.
*Com informações O Dia
Nos siga no BlueSky AQUI.
Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.
Entre no nosso grupo do Telegram AQUI.
Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.