Josemar 'sobe o Martins' e anuncia candidatura
Por Helcio Albano
Ontem (14/3), dia e em que se completou cinco anos do assassinato de Marielle Franco, o Psol gonçalense anunciou a candidatura do Prof. Josemar à Prefeitura de São Gonçalo em 2024. Precipitação? Nada. Josemar já anunciava que seria candidato em 2020 nas caminhadas de segundo turno ombreado com o então candidato Dimas Gadelha (PT), que chegou à rodada final daquelas eleições contra capitão Nelson (PL).
Isso sim é o que eu chamo de cúmulo da ansiedade: mijar e dar descarga ao mesmo tempo. Ou não...
Josemar tem formação socialista de cunho trotskista que acredita só ter alguma relevância eleitoral com agitação e tensionamento políticos permanentes. Sobretudo num cenário político de grande polarização como o que temos hoje nos quatro quadrantes do país, inclusive São Gonçalo.
O movimento de "subir o Martins", anunciar sua candidatura e dar início ao jogo, não é queimar largada, porque não existe largada dentro dessa lógica de articulação política de campanha permanente. Estratégia, aliás, que se assemelha e muito à da extrema-direita. E não é mera coincidência. A história às vezes dá esse looping meio trágico, meio farsesco.
Agora é ver como as forças progressistas partidárias e do movimento social vão se comportar com esse anúncio. A Rede Sustentabilidade, que compõe federação com o Psol, pelo o que se tem apurado, não curtiu nem um pouco. Outras forças o veem narcisista de diálogo difícil. Outros apostam que Josemar, na verdade, iniciou a campanha de 2026.
É, aí faz sentido...
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
