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Janja mostra que lugar da mulher é onde ela quiser

No Fantástico, socióloga falou entre inúmeros assuntos, sobre como conheceu o presidente Lula, as cartas que trocavam na época da prisão e os desafios de ser primeira-dama


Foto: Perla Rodrigues/Fantástico
Foto: Perla Rodrigues/Fantástico

Revista Fórum - A socióloga Rosângela Lula da Silva, a Janja, esposa do presidente eleito Lula (PT) e futura primeira-dama do Brasil, concedeu sua primeira entrevista a uma TV aberta, veiculada na noite deste domingo no "Fantástico", da Globo.


Às jornalistas Maria Julia Coutinho e Poliana Abritta, Janja disse que "ainda não caiu a ficha" de que será primeira-dama e se definiu como uma pessoa "sonhadora pé no chão". "Penso coisas importantes para o mundo e agora e estou tendo uma possibilidade de contribuir com essas mudanças".


Janja revelou que vai tentar "ressignificar" o papel da primeira-dama. "Um compromisso meu, com certeza, é trazer luz a temas que carrego comigo em minha história: violência contra a mulher, quero atuar contra isso dialogando com sociedade. Alimentação, garantir alimentação saudável. E o racismo, que não podemos mais admitir na sociedade. E também discutir com a sociedade como transformar esse ódio que existe hoje em relações mais afetuosas".




A esposa de Lula contou, ainda, que se apaixonou pelo presidente eleito após uma partida de futebol organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em 2019, que contava com a presença do petista e de Chico Buarque. Segundo Janja, ela foi ao evento para ver o cantor e compositor, mas depois alguém passou seu número de telefone a Lula e eles começaram a conversar. "Acho que ele que estava de olho em mim", disse bem-humorada.


Janja falou na entrevista sobre inúmeros outros assuntos, entre eles sobre o período em que Lula esteve preso em Curitiba. Durante os 580 dias em que o petista permaneceu encarcerado, ambos trocaram centenas de cartas. "Todo dia eu preparava um lanche pra ele comer, aí os advogados levavam e trocávamos as cartas. Trocávamos esperança, esperança e muito amor. Tem cartas muito felizes e também muito tristes", declarou, adicionando que, quando Lula ganhou a liberdade, aquele foi "um dos dias mais felizes" de sua vida.


Sobre algumas críticas que recebeu durante a campanha por participar diretamente de todas as atividades e, inclusive, fazer articulações políticas, Janja disse que não se importou. "A opinião que importava para mim era a do meu marido. Trouxe para mim esse papel de cuidar dele, preservá-lo. Até com relação à segurança, a gente sabe todas as ameaças que ele sofre".


A futura primeira-dama diz, ainda, que houve ao longo da campanha "um pouquinho de machismo e ciúmes" de alguns com relação ao seu protagonismo. "Houve machismo porque talvez a figura do Lula por si só bastasse, agora ter uma mulher do lado dele, não que complemente, mas que some algumas coisas. Hoje, acho importante, olhar pra ele e estar me vendo. E não é porque estou do lado, é porque sou essa pessoa, sou prepositiva, não fico sentada, vou lá e faço", atestou.

 

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