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Inflação fecha 2021 acima dos 10%

Brasileiros tiveram de suportar aumentos frequentes da energia e do gás de botijão, além do café, entre outros


Foto: AFP
Foto: AFP

Brasil de Fato - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial da inflação subiu 10,06% em 2021. O indicado é mais que o dobro do que o do ano anterior (4,52%) e o maior desde 2015 (10,67%), segundo o IBGE, que divulgou os dados nesta terça-feira (11). Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou com alta de 10,16%, ante 5,45% em 2020, e também com o maior resultado em seis anos. O INPC é o mais utilizado como referência para negociações salariais.


Como se viu ao longo de 2021, alguns itens tiveram impacto maior sobre a inflação. Caso da gasolina, por exemplo, que aumentou 47,49% em 2021, enquanto o etanol aumentou 62,23%. Já a energia elétrica teve alta de 21,21%. O gás de botijão teve aumento médio de 36,99%. Assim, das 16 regiões áreas pesquisadas pelo IBGE, 10 terminaram 2021 com inflação de dois dígitos.


Entre os grupos que compõem o IPCA, Transportes teve a maior variação (21,03%) e também o maior impacto no resultado geral (4,19 pontos percentuais). Depois vieram os grupos Habitação (13,05% e 2,05 pontos, respectivamente) e Alimentação de Bebidas (7,94% e 1,68 ponto). Somados, os três corresponderam a 79% do total.




Em Transportes, além dos combustíveis, o IBGE apurou alta de 16,16% nos preços de automóveis novos e de 15,05% nos usados, em 2021. As passagens aéreas aumentaram 17,59% e o custo com transportes por aplicativos subiu 33,75%.


No grupo Habitação, o instituto lembra que na questão das tarifas de energia o país conviveu, ao longo do ano, com as bandeiras amarela e vermelha – e depois com a bandeira chamada "escassez hídrica", que entrou em vigor em setembro e deverá ser mantida até o próximo mês de abril.


A variação de Alimentação e Bebidas foi menor que em 2020 (de 14,09%, naquele ano, para 7,94%). O item alimentação no domicílio subiu 8,24%, com destaque para o café, com aumento de 50,24% e impacto de 0,15 ponto no índice anual. O preço médio da mandioca subiu 48,08% e o do açúcar refinado, 47,87%. Caíram preços de produtos como batata inglesa (-22,82%) e arroz (-16,88%).




Já no grupo Artigos de Residência (alta de 12,07% em 2021), o IBGE cita os itens mobiliário (15,73%) e eletrodomésticos e equipamentos (13,62%), além de produtos de TV, som e informática (10,55%). Em Vestuário (10,31%), destaque para joias e bijuterias (12,76%) e roupas masculinas (12,60%).


Entre as áreas, a maior alta do IPCA foi registrada na região metropolitana de Curitiba: 12,73%). A menor variação foi em Belém (8,10%). Na Grande São Paulo, o índice variou 9,59%. E ficou acima dos 10% em Vitória (11,50%), Rio Branco (11,43%), Porto Alegre (10,99%), Campo Grande (10,92%), Salvador (10,78%), Fortaleza (10,63%), Recife (10,42%), Goiânia (10,31%) e Aracaju (10,14%).

 

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