Indígenas vivem situação dramática por causa de queimadas e podem ficar sem alimento, denuncia Greenpeace Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar, nesta terça-feira (17), medidas a serem tomadas pelo governo para combater as queimadas pelo Brasil. As ações serão definidas após reunião com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso.
Nesta segunda (16), Lula esteve com especialistas e ministros, inclusive Marina Silva, do Meio Ambiente, para tratar do assunto. A ideia do novo encontro entre os Poderes é fazer um diagnóstico da situação e compartilhar responsabilidades.
Segundo Jorge Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil, há uma espécie de consenso de que as ações feitas até agora pelos governos são insuficientes.
"A gente está vivendo uma situação atípica e inédita pela maior seca dos últimos 40, 50 anos. É uma situação que a gente não está preparado para enfrentar. A gente tem responsabilidades federais, mas também responsabilidades estaduais e municipais. E claramente as estratégias, as ferramentas que a gente tem hoje, elas não estão funcionando. O que o governo precisa fazer é repensar a sua estratégia de combate à queimada", defende o especialista.
Para além do trabalho terrestre, o reforço precisa vir com brigadas aéreas, pontua o representante da organização ambiental.
"A gente não tem, no Brasil, uma brigada aérea. A gente tem alguns aviões que são alugados, são adaptados para enfrentar o fogo, mas talvez tenha chegado a hora de aqui no nosso país a gente, de fato, estruturar e viabilizar uma frota aérea que consiga combater incêndios com rapidez, com eficiência, com celeridade, porque as táticas que a gente usa hoje não estão dando conta da complexidade, da gravidade e da urgência do problema que a gente está enfrentando enquanto coletividade."
O problema é ainda mais grave quando se trata de territórios indígenas, que também estão sendo afetados pelos incêndios e podem sentir maiores consequências daqui a alguns meses, diz Dantas.
Conforme denúncias de órgãos ambientais, uma série de incêndios já devastou o equivalente a 2.800 campos de futebol em terras indígenas do Pará. A origem do fogo, como aponta o governo federal, é criminosa, explica o porta-voz da ONG, que visitou uma área no Mato Grosso.
*Com informações Brasil de Fato
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