Importunação sexual: o NÃO da mulher em nosso dias
Por Rofa Araújo
Falar sobre certos temas atualmente parece mais que estamos voltando séculos atrás quando tudo era permitido e considerado “normal” pelo machismo de uma sociedade patriarcal.
Importunação sexual da mulher é algo que deveria ser tratado de modo mais sério e não colocado em segundo plano e sempre desfiando das palavras femininas que sofreram esse abuso.
Geralmente homens poderosos pelo poder aquisitivo ou mesmo pelo cargo que ocupam, acham esse assunto irrelevante e que não deve ser tratado como um crime porque foi uma “brincadeira” ou um avançar um sinal, sem nada mais sério ter ocorrido, mesmo com “mãos-bobas” em ação ou fazendo algo que não foi permitido.
Quando há, por exemplo, uma “cantada” a uma mulher e essa diz “Não!”, deve parar ali a situação e não prosseguir até que ela ceda. Isso não é uma atitude de homem a ser tomada, mas de alguém sem caráter. E quando esse, ainda por cima, é uma autoridade e usa de seu cargo para conseguir o que quer, pior ainda.
Por que será, então, que vivemos numa sociedade que parece voltar atrás no machismo e tempos patriarcais, onde tudo era permitido ao homem, até mesmo a traição no casamento e a violência contra a mulher? É algo terrível e ainda por cima defendido por pessoas consideradas “a favor da família e os bons costumes”. E para se pensa no que realmente esses acreditam se não condenam a violência contra a mulher.
É preciso olhar mais para o diz o sexo feminino e toda sua importunação que sofre nos mais diversos contatos com os homens, seja no trabalho, em casa, no transporte público e em todos os outros locais. E, acima de tudo, denunciar para os culpados sejam punidos e corte pela raiz o problema e não permaneça por longo período.
Às mulheres é preciso, acima e tudo, coragem de falar o que aconteceu mesmo que seja para lá de difícil e que haja punição a todos os envolvidos, doa a quem doer. Afinal, esse tipo de gente existe em qualquer lugar, no poder de qualquer governo e partido, nas empresas e até em casa. O que diferencia é como será a atitude em relação a isso, se rápida ou demorada ou desconfiando da mulher e protegendo o machismo impregnado na sociedade.
“Lugar de mulher é onde ela quiser”, diz um frase-chavão lacrada por aí, mas, inclusive denunciado quem não a respeita para que seja considerada com todas os seus dotes femininos, físicos e emocionais. E viva as mulheres na sociedade!
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.