IBGE São Gonçalo: bateu deprê, mas tem solução
Por Helcio Albano
Confesso a você, amado leitor, que bateu uma deprê ao me deparar com o resultado do censo demográfico de São Gonçalo. Confissão ontem feita ao jornalista e mestre decano, o maior gonçalense vivo, Rujany Martins. Passado o breve macambúzio, reajo com otimismo.
Agora a polícia será obrigada a matar menos. Oxalá que não mate mais ninguém, pois o nosso bônus demográfico foi pras cucuias. E logo teremos seríssimos problemas de escassez de mão de obra, que deve ser cada vez mais qualificada e produtiva para compensar o delay populacional. Daí eu vejo um novo começo de era, em que passamos tratar o problema da violência que nos adoece e extermina com mais racionalidade.
Há de ser feito um pacto pela vida. Primeiro extinguindo a política de guerra às drogas, no sentido de gerar um armistício real, capaz de remover as barricadas que nos transformou numa cidade partida e segregada. Esse pacto entre comunidades e as três esferas de governo estabeleceria um prazo de 10 anos, com plano de metas prioritárias de investimentos massivos em educação, infância e juventude, emprego e mobilidade facilitada com transporte tarifa zero.
Também imprescindível é criar mecanismo de governança regional que integre o leste fluminense. E que tenha como grande marco de integração a linha 3 do metrô, estendida até Maricá, para dinamizar as vocações econômicas e culturais das cidades.
São Gonçalo pode propor e liderar esse modelo de governança debruçada nessa nova realidade. Nós somos a solução.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.