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Gusttavo Lima vai usar o direito de permanecer calado

Cantor acusado de lavagem de dinheiro com aplicativo de apostas tem sido assediado pela imprensa, sobretudo SBT e Record


Foto:  Reprodução de Vídeo

O cantor bolsonarista Gusttavo Lima resolveu usar o seu direito constitucional de ficar calado. O sertanejo, alvo da Operação Integration, é acusado de lavagem de dinheiro através de aplicativos de apostas.


Assediado por Leo Dias, do "Fofocalizando", do SBT; Luiz Bacci, do "Cidade Alerta", e Roberto Cabrini, do "Câmera Record", ambos da TV Record, ele resolveu ficar quieto mesmo. Segundo informações da Folha, Lima obedeceu a um pedido da família, que achou melhor ele se manter discreto sobre o assunto.



A Globo, por sua vez, não foi atrás do cantor. Desde 2019 que a emissora e o sertanejo andam às turras. A situação piorou muito após reportagem do Fantástico sobre o envolvimento de Melo em casas de apostas.



Operação Integration


O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou, nesta segunda-feira (23), a prisão do cantor Gusttavo Lima. A decisão ocorre no âmbito da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro por meio de jogos de apostas online. No dia seguinte, no entanto, o mandado foi revogado graças a um habeas corpus.


A influenciadora Deolane foi presa no âmbito da mesma investigação, que agora determinou a prisão de Gusttavo Lima.


O mandado de prisão preventiva contra Gusttavo Lima foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife. A decisão ocorre após o Ministério Público devolver o inquérito à Polícia Civil, solicitando a realização de novas diligências e recomendando a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares.


Deflagrada no dia 4 de setembro, a Operação Integration resultou na prisão da influenciadora Deolane Bezerra e de outras pessoas suspeitas de integrarem um esquema de lavagem de dinheiro. No mesmo dia em que a operação foi deflagrada, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu um avião que pertencia à empresa de Gusttavo Lima, a Balada Eventos.


Na ocasião, o cantor Gusttavo Lima usou as redes sociais para afirmar que não tinha mais relação com o avião apreendido. "O bebê não pode pegar uma semana de descanso! Estão dizendo aí que o meu avião foi preso, gente... Eu não tenho nada a ver com isso, me tirem fora dessa. Esse avião foi vendido no ano passado. Honra e honestidade foram as únicas coisas que sempre tive na minha vida, e isso não se negocia", declarou o sertanejo.


Gusttavo Lima tem R$ 20 milhões bloqueados por suspeita de lavagem de dinheiro


A empresa Balada Eventos e Produções, do cantor sertanejo bolsonarista Gusttavo Lima, está no centro da investigação envolvendo suspeitas de lavagem de dinheiro em esquema de jogos de apostas online, revelado pela operação "Integration", a mesma que levou a advogada e influenciadora Deolane Bezerra à cadeia.

  

Segundo informações divulgadas pelo programa "Fantástico", da TV Globo, na noite deste domingo (8), a Balada Eventos teria participado do esquema em associação com empresas do empresário paraibano José André da Rocha Neto, que também está sendo investigado. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões da empresa de Gusttavo Lima, além de imóveis e embarcações em nome da companhia. Um avião pertencente à Balada Eventos também foi apreendido durante a operação. A aeronave, que está em processo de transferência para a JMJ Participações LTDA, uma empresa de Rocha Neto, foi um dos bens identificados no esquema.


Rocha Neto, que também é proprietário da empresa de apostas Vai de Bet, tem Gusttavo Lima como garoto-propaganda. O empresário teve sua prisão decretada e, até o momento, é considerado foragido pela Justiça. Além dos bloqueios à Balada Eventos, foram confiscados R$ 35 milhões das contas de Rocha Neto e R$ 160 milhões de suas empresas.


Outro lado


A defesa de Gusttavo Lima negou qualquer envolvimento do cantor ou de sua empresa no esquema criminoso. Segundo o advogado do bolsonarista, a Balada Eventos apenas vendeu o avião para uma das empresas investigadas e que todas as transações foram legais.


"A Balada Eventos e Gusttavo Lima não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de exploração de jogos ilegais e lavagem de dinheiro", diz nota oficial da empresa. 


O próprio Gusttavo Lima, após a exibição da reportagem do Fantástico, se manifestou. Através dos stories do Instagram, ele afirmou ser vítima de "injustiça", dizendo ainda que não permitirá "fake news" associadas ao seu nome. 


*Com informações Revista Fórum


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