Governo Milei anuncia demissões de 2,4 mil trabalhadores na Argentina na véspera das festividades
O ministro da Justiça da Argentina, Mariano Cúneo Libarona, anunciou mais de 2.400 demissões e a redução de 50% do salário de outros 2 mil trabalhadores, na pasta que dirige.
A eliminação dos contratos “irregulares” no Órgão Cooperante da Associação de Concessionárias de Automóveis da República Argentina (Acara), responsável pela pasta mencionada, foi anunciado pelo governo de Javier Milei uma semana antes das comemorações de fim de ano.
O governo também declarou a eliminação dos chamados incentivos, que representavam um gasto anual de US$ 15,6 bilhões (quase R$ 100 bi). Nesse sentido, destacou que “as administrações anteriores utilizaram essa entidade como um verdadeiro caixa político” para “contratar funcionários de forma irregular” e “pagar incentivos de forma discricionária e arbitrária, fugindo dos controles do Sistema Nacional de Emprego Público (Sinep)”.
Em resposta, os trabalhadores realizaram uma concentração no local de trabalho esta tarde, como protesto e para ver quais medidas tomar em seguida. “A situação é crítica: as medidas anunciadas hoje afetam 90% da equipe do Ministério; isso significa que mais de 4 mil famílias terão sua renda afetada. E afirmamos que não somos responsáveis pelas formas de contratação que nos são atribuídas, nem pela forma como são dados os suplementos salariais face aos baixos salários na administração pública”, sublinharam os trabalhadores num comunicado.
“Estamos enfrentando uma administração que nos estigmatiza e maltrata; ela viola nossos direitos e os direitos daqueles que temos que acompanhar e garantir”, continua a carta do corpo de delegados da Secretaria de Direitos Humanos.
Por esse motivo, “exigimos que o ministro e cada um dos funcionários da agência garantam a continuidade de todos os empregos e o pagamento integral dos salários dos trabalhadores”.
Por sua vez, Cúneo Libarona escreveu: “O mandato do presidente Javier Milei é claro: eliminar as caixas da política e acabar com os negócios espúrios que beneficiaram alguns poucos em detrimento da maioria”.
*Com informações Brasil de Fato
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