Governo Lula veta convite à Venezuela para parceria com Brics
A relação de países tem sido costurada pela Rússia. A ausência de Maduro na lista já era esperada e é vista como dificilmente reversível, já que houve um consenso contra o país em reuniões preparatórias para o evento
O governo Lula vetou informalmente a admissão da Venezuela como parceiro dos Brics. 12 países serão convidados para a 16ª reunião do grupo, que começa nesta terça (22) em Kazan, na Rússia, e a gestão de Nicolás Maduro foi excluída do evento.
Segundo a Folha de S. Paulo, os convidados para a reunião dos Brics são Cuba, Bolívia, Indonésia, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Indonésia, Nigéria, Uganda, Turquia e Belarus. A decisão final ainda não foi comunicada e os nomes podem mudar. O Brasil não submeteu sugestões nominais de países, mas já havia expectativa de que a Venezuela não fosse mencionada.
A relação de países tem sido costurada pela Rússia. A ausência de Maduro na lista já era esperada e é vista como dificilmente reversível, já que houve um consenso contra o país em reuniões preparatórias para o evento.
No ano passado, Irã e Etiópia entraram na lista de convidados dos Brics de última hora por influência da China. A relação prévia dos países só incluía Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Argentina, cujo presidente, Javier Milei, desistiu de participar neste ano.
A relação do Brasil com a Venezuela vive um clima de tensão desde as eleições no país vizinho, contestadas por diversos organismos internacionais. O pleito gerou uma troca de críticas públicas entre Lula e Maduro, que chegou a reclamar de interferência em assuntos domésticos.
O presidente não viajará ao evento na Rússia por conta de um acidente no Palácio da Alvorada no fim de semana e o governo brasileiro será representado pelo chanceler Mauro Vieira, que já havia sinalizado que o país se posicionaria contra o convite a Maduro.
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