Governo Lula vai taxar super-ricos e isentar de IR quem ganha até R$ 5 mil
O imposto mínimo é visto no governo como uma forma de taxar a distribuição de lucros e dividendos, atualmente isentos no Brasil; anúncio será feito na noite desta quarta (27) por Haddad
Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, anunciará na noite desta quarta (27) a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil e fará uma explicação sobre um pacote de corte de gastos. O governo Lula ainda vai incluir a criação de um imposto mínimo para super-ricos entre as medidas.
A expectativa do governo, segundo a Folha de S.Paulo, é que o imposto contra quem possui grandes rendas ajude a financiar o aumento da isenção do Imposto de Renda. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, confirmou que a proposta será incluída e que o pacote irá taxar “supersalários”.
O imposto mínimo é visto no governo como uma forma de taxar a distribuição de lucros e dividendos, atualmente isentos no Brasil.
No pronunciamento desta quarta, Haddad vai explicar duas propostas diferentes. A primeira, trata das medidas de cortes de gastos e a contenção do avanço de despesas obrigatórias, enquanto a segunda é o projeto de reforma do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física).
A proposta de aumento da faixa de isenção é defendida por integrantes do governo como um contraponto às medidas do pacote de corte de gastos que vão atingir benefícios sociais.
Atualmente, estão isentos trabalhadores que recebem até dois salários mínimos (R$ 2.824).
O lema do pronunciamento de Haddad será “Brasil Mais Forte. Governo eficiente. País justo”, segundo comunicado divulgado pela governo na tarde de hoje. A declaração deve durar 7 minutos e 18 segundos e vai ao ar às 20h30 em cadeira de rádio e televisão.
Antes do discurso, Haddad deve se reunir com o presidente Lula e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Palácio do Planalto. Também está previsto um encontro com líderes do Congresso Nacional para explicar o pacote.
O projeto de corte de gastos é visto como urgente e viável por alguns membros do governo, que vem discutindo as medidas há semanas.
Via DCM.
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