Governo Lula mira big techs após Trump anunciar tarifa sobre aço
Alguns países, como o Canadá, já avançaram na implementação da taxa e o Brasil vem discutindo a ideia há diversos meses, permitindo que o governo anuncie a taxa de maneira quase imediata
O governo Lula deve taxar as plataformas digitais americanas, as big techs, se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializar um aumento de até 25% nas tarifas para aço e alumínio de todos os países. A medida anunciada pelo republicano afeta diretamente o Brasil, segundo maior exportador de aço para o país.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, o governo federal tem aguardado com cautela o anúncio da gestão Trump e não quer entrar em uma guerra comercial aberta contra os Estados Unidos, mas também não pretende fingir que nada está acontecendo.
A ideia de taxar as plataformas, conhecida como “digital tax”, teria uma vantagem sobre qualquer outra possibilidade de retaliação, segundo membros do governo brasileiro, já que a tributação tem sido debatida na OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Alguns países, como o Canadá, já avançaram na implementação da taxa e o Brasil vem discutindo a ideia há diversos meses, permitindo que o governo anuncie a taxa de maneira quase imediata.
Membros do Executivo também acreditam que a taxação não prejudicaria setores industriais brasileiros por não se tratar de impostos sobre insumos importados dos Estados Unidos, o que impactaria o preço dos produtos brasileiros e poderia impulsionar a inflação.
A lista do governo inclui Amazon, Facebook, Instagram, Google e Spotify como possíveis alvos da taxação. No Canadá, o imposto sobre serviços digitais deve ter uma alíquota de 3% sobre a receita obtida com serviços que dependem de contribuições de engajamento, dados e conteúdo de usuários canadenses, além de venda ou licenciamento de dados de usuários do país.
O governo brasileiro acredita que Trump vai oficializar a taxação ainda nesta segunda (10), mas não pretende se precipitar num anúncio por considerar que o republicano volta atrás em atos e declarações.
Via DCM.
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