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Governo aciona PF para investigar médicos por mentiras sobre falta de remédios no RS

Os profissionais divulgaram vídeos em suas redes sociais alegando que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estaria impedindo aviões particulares de transportar medicamentos doados às vítimas da catástrofe

Presidente Lula e o ministro Paulo Pimenta. Foto: Antônio Cruz
Presidente Lula e o ministro Paulo Pimenta. Foto: Antônio Cruz

DCM - O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, encaminhou à Polícia Federal (PF) uma nova lista de nomes para investigação por suspeita de disseminação de fake news sobre as enchentes no Rio Grande do Sul. Entre os mencionados estão dois médicos.


Os profissionais divulgaram vídeos em suas redes sociais alegando que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estaria impedindo aviões particulares de transportar medicamentos doados às vítimas da catástrofe, o que a agência nega veementemente.

A dermatologista Roberta Zaffari Townsend, com 33,5 mil seguidores no Instagram, afirmou que ela e “colegas médicos” enfrentavam problemas para enviar medicamentos ao estado devido à suposta burocracia da Anvisa.


Enquanto isso, o médico Victor Sorrentino, com 1,3 milhão de seguidores na mesma rede, fez uma live alegando que a Anvisa estava impedindo aviões privados de decolarem com medicamentos, resultando em mortes por falta de remédios.


Sorrentino, que já foi detido no Egito por assédio sexual e suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do RS, teve seu vídeo tão impactante que a Anvisa emitiu uma nota, sem mencioná-lo, negando qualquer restrição ao transporte de medicamentos para o RS.


Questionada sobre os detalhes do suposto incidente, a assessoria de Sorrentino alegou inicialmente desconhecimento e posteriormente informou que o médico está indisponível, atuando em campo para ajudar seu estado. A Anvisa ressaltou que não recebeu relatos de aeronaves retidas por conta de burocracia.


Apesar das alegações dos médicos, a Anvisa não adotou medidas burocráticas para impedir o transporte de remédios e flexibilizou as normas para envio de medicações.

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