Gordo, vereador do 'leitinho', retorna à Câmara de São Gonçalo
TRE informa: sai Armando Marins cassado por fraude, entra Eduardo Gordo
Por Rodrigo Melo
E não teve jeito. O TRE decidiu no último dia 14/12 pela cassação definitiva do diploma do vereador Dr. Armando Marins e de todos os suplentes que concorreram nas eleições de 2020 pelo PSC.
O Tribunal constatou que a legenda cometeu fraude na cota de gênero se utilizando de candidaturas femininas "laranjas", no objetivo de cumprir a cota de 30% destinada a mulheres. Da decisão, não cabe recurso.
No lugar de Marins, ex-tucano convertido ao bolsonarismo que atualmente está no Podemos, assumiu Eduardo Gordo (União Brasil), que sem alarde tomou posse na Câmara, na última segunda-feira (18).
Gordo, que já presidiu a casa legislativa entre 2009 e 2016, afirmou pelas redes sociais que "é com imenso prazer e satisfação" que volta à Casa, "para que juntos possamos fazer mais e mais por nossa querida São Gonçalo".
E também acenou ao prefeito ser um grande aliado nesse seu retorno à Câmara:
"Conte comigo, meu prefeito, pois, como falo: Onde o seu sangue jorrar, o meu empoça!", disse o parlamentar, que apoia o atual gestor gonçalense, Nelson Ruas, o Capitão Nelson (PL).
Em 2018, Gordo, que tem como característica marcante a sinceridade, fez uma parábola que escancarou o jogo político na Câmara e o tipo de relação que os vereadores têm com os prefeitos, qualquer um:
"O que acontece hoje na Câmara é o seguinte: Põe o gato e o leite do lado. Você já deixou o gato sem leite? Você num guenta, o gato fica furioso. Tirou o potinho do leite dos vereadores, eles ficaram; tão tudo furioso (sic) querendo leitinho. O gato sem o leite não vive, vereador. Esse é o problema", disse ele da tribuna reclamando da falta de espaço (cargos) no então governo José Luiz Nanci.
Na ocasião, o líder do governo também era Alexandre Gomes (PV), que chegou a retrucar o colega, ao afirmar que todos tinham espaço no governo. Ao qual Gordo responde:
"Mas eu sou espaçoso, tenho 170 quilos."
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