Golpista que debochou de Moraes e foi preso na Argentina reclama: 'Presídio aqui é pior que a Papuda'
- Jornal Daki
- há 1 dia
- 2 min de leitura
"Patriota” do 8 de janeiro colocado em solitária na Argentina diz que “chorou sangue”. Condenado a 17 anos no Brasil, ele foi preso no país vizinho após zombar do pedido de extradição feito por Alexandre de Moraes: “Fezes humanas na parede, buracos [...] Presídio na Argentina não tem o mínimo de direitos humanos”, reclama

Preso na Argentina após ser condenado a 17 anos de prisão pelos atos de 8 de Janeiro, Wellington Luiz Firmino, de 35 anos, afirma ter “chorado lágrimas de sangue” na cela de um presídio na província de Jujuy, onde está detido. Firmino foi preso no país vizinho em 19 de novembro e conta que os 49 dias que passou na solitária da prisão argentina “foram piores que os 11 meses na Papuda”.
O motoqueiro de Sorocaba (SP) foi detido durante a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, onde permaneceu por 11 meses. “Chorei lágrimas de sangue. Por muitas vezes, orei por minha morte. Quando saí da Papuda, três dias depois da morte do Clezão [Cleriston Pereira da Cunha, vítima de um infarto dentro do presídio em 20 de novembro de 2023], vi minha vida confusa”, relata Firmino.
O “patriota” obteve liberdade provisória em novembro de 2023, mediante o cumprimento de medidas cautelares. Em abril de 2024, foi informado por telefone de que sua prisão havia sido decretada novamente pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Fui em busca de socorro na Argentina. Viajei por 30 horas de moto até Buenos Aires. Cheguei aqui sem roupa, sem nada”, diz Firmino. O “patriota” afirma que foi ajudado por estranhos até conseguir oficializar seu pedido de refúgio.
Firmino estava trabalhando como entregador quando sua extradição foi solicitada por Alexandre de Moraes ao governo argentino. Ele chegou a zombar do pedido da Justiça brasileira, mas tentou fugir novamente, dessa vez para o Chile, com um grupo de brasileiros na mesma situação. Acabou preso em 19 de novembro.
“Fui parar numa solitária com fezes humanas na parede, buracos abertos e um colchão que estava pior do que a parede. Foram 49 dias na solitária, incomparáveis com os 11 meses que passei na Papuda. As orações da minha mãe me tiraram de lá”, afirma. Firmino foi transferido em janeiro para o Complexo Penitenciário de Ezeiza, na Região Metropolitana de Buenos Aires. Lá, convive com outros três “patriotas” que, como ele, aguardam extradição.
Nos siga no BlueSky AQUI.
Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.
Entre no nosso grupo do Telegram AQUI.
Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.