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Golpe: militares invadem sede de governo da Bolívia e população reage

Foto do escritor: Jornal DakiJornal Daki

Situação é tensa no pais andino

Reação. Uma multidão está se formando no entorno do palácio. Créditos: Reprodução Telesur
Reação. Uma multidão está se formando no entorno do palácio. Créditos: Reprodução Telesur

O vice-presidente da Bolívia, David Choquehuanca, denunciou no X que um golpe de Estado está em andamento na Bolívia: "Denunciamos à comunidade internacional que na Bolívia está em curso um Golpe de Estado contra o nosso Governo democraticamente eleito".


O presidente Luís Arce estava reunido com seu ministério na chamada Casa Grande do Povo, que fica no fundo do Palácio Quemado, quando um contingente de militares ocupou o centro nervoso da política boliviana.



Aparecendo ao lado do ministério, horas depois, Arce convocou a população e as organizações sociais a reagir.


O autor da tentativa de golpe é o chefe do Exército, o general Juan José Zuñiga.


Militares leais a ele controlam a entrada do palácio, que foi arrombada por um tanque.


O general segue dentro do tanque de comando, depois de ter ficado frente a frente com Arce.

Ele teria exigido a troca de todo o ministério.


Ao chegar ao local, o general denunciou os políticos e disse que as Forças Armadas estão unidas.


Há registros de movimento de tanques em El Alto.


Franco-atiradores estão em prédios na praça.


Reação popular

Populares gritam contra os militares no entorno do palácio:  "Golpistas, golpistas".


Militares detonaram bombas de gás lacrimogêneo para evitar que a multidão se aproxime.

A Central Obrera da Bolívia (COB) convocou enfrentamento popular ao golpe.


Decidiu por uma greve geral por tempo indeterminado e chamou uma marcha até La Paz.


A presidente de Honduras, Xiomara Castro, convocou uma reunião de emergência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que preside:


"Condenamos o fascismo que hoje ataca a democracia na Bolívia e exigimos o pleno respeito ao poder civil e à Constituição. As forças militares levaram a cabo mais uma vez um golpe de Estado criminoso. Expressamos nosso apoio incondicional ao povo irmão da Bolívia, ao presidente Luis Arce e a Evo Morales."


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