Gilmar sinaliza que 'cozido de bozo' já está no ponto
Por Helcio Albano
O sistema de Justiça brasileiro - sobretudo nas mais altas cortes - é muito peculiar porque regido por um regime castas. Pode-se dizer, inclusive, herdeiro legítimo da monarquia tupiniquim e mantenedor do ethos imperial em tudo que ele carrega de desgraça: patrimonialismo, privilégios, escravidão, violência e insensibilidade social, os elementos formadores do Brasil real.
Na república idealizada, o Judiciário é imparcial, como aquela senhorinha vendada segurando uma balança. Só que não, amigo. O ativismo político dos seus membros é real e não nos cabe juízo de valor. O troço é assim e somente com informação qualificada e ainda mais democracia delimitaremos seu tamanho e alcance na vida dos cidadãos e em outros poderes.
Dito isso, nesta sexta (3) o ministro do STF Gilmar Mendes em palestra em Lisboa relatou que o caso denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) mostra que “a gente estava sendo governador por uma gente do porão. Esse é um dado da realidade.”. E não só: "Pessoas da milícia do Rio de Janeiro, com contato na política internacional, isso é o que resulta quando vemos a nominata desses personagens”.
Com essa declaração, Mendes sinaliza que o cozido de carne da famiglia Bolsonaro já está no ponto pra ser servido com prataria nos grandes salões brasilienses. Como metáfora, claro, não literalmente como o surucucu de Roraima que o coisa ruim disse que topava comer em sua egotrip antropofágica.
Como se diz nas Sagradas Escrituras: ainda haverá muito choro e ranger de dentes.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.