Garcia, Moro, Deltan e os segredos de Curitiba
Por Helcio Albano
Não sei se o amigo leitor está acompanhando as novas revelações da turma da Lava Jato. Pois bem, Curitiba abrigou por um bom tempo um antro de bandidos togados que - pasmem, senhores! - fez os políticos que tanto maldiziam parecerem crianças inocentes no jardim de infância.
A "Vaza Jato" já tinha nos mostrado o conluio entre juízo e procuradores que, sem pudor algum, atropelaram a legalidade para alcançar seus objetivos que nada tinham a ver com combate à corrupção. "Bah!", reagiria um reaça gaúcho: "Lula é ladrão e todo mundo sabe disso", lacraria com convicção o rapaz. Porém, a coisa é muito, muito pior. E até o incauto rapaz há de concordar. Veja:
Um empresário e ex-deputado um tanto nebuloso, que atende por Tony Garcia, resolveu falar e entregar a quadrilha. Segundo o sujeito com nome de cantor melody, Moro e Dallagnol, basicamente, montaram seu império do mal em cima de um roteiro de extorsão e chantagem a desembargadores que atuam no malfadado TRF4. Os doutos da lei teriam sido filmados com as "primas" do Paraná.
E mais: Garcia, outrora cagado com a Justiça, resolveu colaborar como X9 do Moro em troca de proteção contra a cadeia, gravando outros empresários e políticos desafetos do marreco e do fundamentalista Deltan para pegar algo de comprometedor que facilitasse - agora está óbvio - a carreira política da dupla paranaense.
Isso explica o porquê de todas as aberrações da LJ terem passado: rabo preso. Não era república de Curitiba. Era república dos dossiês.
Agora, uma pergunta: quem fica como detentor desses segredos?
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.