'Fáceis porque são pobres' - por Helcio Albano
O deputado paulista Arthur do Val (Podemos), o “Mamãe Falei”, pré-candidato ao governo de São Paulo apoiado pelo ex-juiz e presidenciável Sergio Moro, uma das principais lideranças do MBL, foi “pego” em áudio à vontade, livre, leve solto entre amigos mostrando exatamente o que é: um verme covarde, misógino e aporofóbico.
Um ser sem empatia alguma que sugere ter ido à guerra na Ucrânia fazer turismo sexual, “lamber o cu cagado” das deusas de olhos azuis, facinhas, “porque são pobres”. Sobre isso, a carta de hoje do Jamil Chade no UOL nos lavou a alma.
Perdeu, otário! A casa caiu!
A namorada o abandonou, o MBL ensaia fazer o mesmo, pelo menos publicamente, pedidos de cassação já são protocolados na Alesp e nem o Moro quer vê-lo perto.
Mês passado, o parça e também deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), disse que a Alemanha errou ao criminalizar o nazismo. Disse o que disse não em áudio vazado, mas num programa de podcast, ao vivo, com mais de 4 milhões de inscritos.
Do Val, assim como Kataguiri, tentou justificar o áudio e suas falas abjetas como um “erro em um momento de empolgação”. Pediu ainda para que as pessoas entendam o “contexto”. Em qualquer contexto o canalha é um canalha.
Esse pessoal do MBL, surgido do esgoto a partir de 2013, é do mesmo pedigree de uma outra deputada, Ana Caroline Campagnolo (PSL), de Santa Catarina.
No programa Pânico dessa semana, Campagnolo afirmou, sem nenhum constrangimento, que envia emendas parlamentares apenas para os amigos. Neste caso, R$ 250 mil para uma associação de hipismo, presidida pelo seu advogado.
“Vamos continuar a fazê-lo”, disse, arrogante, a catarinense, mandando às favas o princípio da impessoalidade na coisa pública.
Do Val, Kataguiri, Campagnolo e muitos mais surgidos na mesma esteira da anti-política possuem a mesma natureza que, oxalá, será derrotada nas eleições desse ano.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.