Flávio Bolsonaro teria dado 'ajudinha marota' a empresa que vendeu 500 fuzis à Polícia Civil do RJ
Senador, filho presidencial 01, é suspeito de favorecer Sig Sauer. Aquisição foi feita após liberação de R$ 3 milhões pelo senador junto ao Ministério da Justiça
Brasil 247 - Uma compra de 500 fuzis pela Polícia Civil do Rio de Janeiro pode ter sido direcionada a uma empresa com sede nos Estados Unidos, a Sig Sauer, pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Segundo investigação dos jornalistas Igor Mello e Eduardo Militão, do UOL, a empresa, gigante da indústria bélica, já recebeu diversas manifestações favoráveis aos seus negócios no Brasil por parte da família Bolsonaro.
A Sig Sauer venceu o pregão em julho com a oferta de R$ 3.810.442,05 (2% abaixo do teto estipulado), mas a compra só foi concretizada cinco meses depois. Isso depois de o senador Flávio Bolsonaro ter conseguido a liberação de R$ 3 milhões com a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), ligado ao Ministério da Justiça (confira post de Flávio celebrando a aquisição ao final do texto).
O UOL apurou ainda que um dos três policiais que elaboraram toda a parte técnica da licitação trabalha para a Sig Sauer. Trata-se de Manoel Hermida Lage, inspetor da Polícia Civil, que atua como instrutor do campo de tiros da fabricante no Brasil - ele tem foto com o deputado Eduardo Bolsonaro em rede social.
A Polícia Civil do Rio diz que Lage não possui “qualquer vínculo empregatício com a empresa citada”. Registros nas redes sociais, no entanto, mostram o contrário. Em nota, Flávio Bolsonaro afirmou que não tinha conhecimento de nenhuma irregularidade e defendeu que a licitação seja investigada.
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