Fiocruz determina trabalho remoto após dia de tiroteio
Segundo a fundação, serviços essenciais estão mantidos normalmente
Um dia após funcionários da Fiocruz viverem momentos de pânico durante uma operação da Polícia Civil em Manguinhos, comunidade na Zona Norte do Rio vizinha à fundação, foi indicado o trabalho remoto para esta quinta-feira para os trabalhadores do Campus Manguinhos-Maré. Segundo mensagem da instituição, estão suspensos os serviços de transporte Fiocruz Saudável, dos ônibus que circulam até Triagem e Bonsucesso e os circulares. A Creche Fiocruz também está fechada. Já os serviços essenciais serão mantidos normalmente, afirma a fundação.
Nesta quarta-feira, um suspeito morreu e três ficaram feridos durante uma operação da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da 21ª DP (Bonsucesso) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Uma funcionária da Fiocruz foi ferida por estilhaços após uma janela da sala de Automação, de Bio-Manguinhos, fábrica de vacinas da instituição, ser atingida por um tiro.
A fundação acusou a polícia de ter agido de forma arbitrária e, em nota, afirmou que agentes entraram "descaracterizados e sem autorização no campus Manguinhos-Maré".
— A instituição vive recorrentemente situações de risco em virtude dos conflitos armados que ocorrem no seu entorno, mas é a primeira vez que ocorreu o ingresso, sem comunicação e sem autorização, de agentes da Polícia Civil no campus de Manguinhos. A troca de tiros colocou em risco a vida de trabalhadores, estudantes e usuários dos nossos serviços — disse, nesta quarta-feira, o diretor-executivo da Fiocruz, Juliano Lima.
Já a Polícia Civil afirmou que bandidos teriam acessado o campus da fundação, e as equipes se deslocaram à instalação. Segundo a corporação, o disparo que atingiu ao menos um dos prédios da fundação partiu dos criminosos.
— Causa muita estranheza acusações maldosas contra os policiais, dado o histórico de ocorrências com traficantes que buscam abrigo em prédios públicos, incluindo escolas e unidades de saúde, bem como a própria Fiocruz, onde isso já havia ocorrido em situações anteriores — disse o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.
Dois funcionários da Fiocruz foram levados para a 21ª DP para prestar depoimento. De acordo com o Bom Dia Rio, da TV Globo, eles foram liberados.
Avenidas fechadas
Por causa da troca de tiros em Manguinhos, as avenidas Leopoldo Bulhões e Dom Hélder Câmara tiveram que ser interditadas. Por volta das 14h40, as vias já tinham sido liberadas.
*Com informações Extra
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