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Família de motociclista morto em acidente em São Gonçalo acusa guarda municipal de dirigir na contramão

Foto do escritor: Jornal DakiJornal Daki

Segundo testemunhas, veículo estaria na contramão quando Lucas foi atingido; jovem chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos


Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Um motociclista de 26 anos morreu após ser atingido por um carro no bairro Antonina, em São Gonçalo. Lucas Ferreira de Matos chegou a ficar internado no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu na quinta (13). Segundo testemunhas, o jovem só colidiu porque o veículo que o atingiu, conduzido por um agente da Guarda Municipal de folga, estava na contramão. Familiares e amigos, que se despediram do jovem no velório no último sábado (15), cobram esclarecimentos a respeito do episódio.

O episódio aconteceu na madrugada da última quarta-feira (12). Lucas, que era sushiman em um restaurante na Estrela do Norte, terminou o turno de trabalho por volta de 00h e deixou o local em sua motocicleta da marca Yamaha. Menos de cinco minutos depois, ele sofreu o acidente na Rua Dr. Nilo Peçanha, na altura do Antonina, próximo a uma concessionária. Lucas Alves, entregador que trabalhava com Lucas no estabelecimento, presenciou o momento em que Lucas colidiu com o veículo, um Fiat Uno.


“Eu saí logo depois, ia entrar numa rua e o Lucas seguiu, indo para casa. Veio um rapaz no carro na contramão e [o veículo] pegou o Lucas, que estava na mão dele. Nós ligamos logo para o Samu. Tinha uma viatura da Guarda ali perto e veio, parou perto do motorista, que saiu do carro com uma tontura”, conta o colega de trabalho.


Segundo ele e outros colegas que foram ao local do acidente, o motorista do carro apresentava alguns sinais de embriaguez, mas não há registro da relação do exame de alcoolemia. Pelo menos outras cinco viaturas da Guarda Municipal foram acionadas, assim como o Corpo de Bombeiros, que levou Lucas para o Hospital. Na unidade, familiares e amigos foram surpreendidos com um detalhe no boletim médico; a ficha da vítima após o acolhimento dizia que o jovem estaria embriagado.

“Disseram para mim e para a esposa dele que o Lucas estava bêbado. Mas eu falei ‘não’. Ele não estava bêbado. Ele tinha acabado de sair do trabalho, ficou o dia todo trabalhando com a gente. Naquele dia, ele dobrou. O hospital disse que não fazia exame de sangue e que essa informação já veio da chegada dele”, disse Michelly Ribeiro, de 35 anos, que também era colega de trabalho do jovem.


Lucas permaneceu internado no Heat e chegou a passar por cirurgia, mas veio à óbito na quinta (13). No sábado (15), dezenas de amigos, parentes e vizinhos do jovem, que morava na Aldeia da Prata, em Itaboraí, estiveram no cemitério Memorial Campo da Paz, em Várzea das Moças, para prestar as últimas homenagens ao jovem.


O caso foi registrado na 72ª DP (Mutuá), que está investigando o episódio. Procurada, a Guarda Municipal de São Gonçalo confirmou ter sido acionada e disse que o agente envolvido estava de folga na ocasião. “Cabe à Polícia Civil a investigação sobre o caso”, afirmou o órgão, em nota. A direção do Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT) informa que as informações do prontuário do paciente são sigilosas. A familia deve procurar a coordenação do Centro de Trauma da unidade para solicitar a cópia do boletim do atendimento.



*Com informações OSG

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