Extremistas de direita jogam gasolina no incêndio de Gaza
Por Helcio Albano
40 bebês decapitados, crianças enjauladas, assassinatos a sangue frio de jovens numa rave no deserto, sequestros de mulheres e idosos e ataques aleatórios de bombas contra civis. Fake news ou não, depois de cinco dias de bombardeio informacional do conflito HamasxEstado de Israel, o processo de desumanização dos palestinos foi completado com sucesso.
E todo tipo de atrocidade contra mais de 2,5 milhões de almas confinadas num territória de 11 km de extensão está liberada. Você sabe o que é aglomerar 2,5 milhões de pessoas cercadas por todos os lados numa faixa de terra que não chega a ser de Neves a Guaxindiba via MUVI?
O governo Lula tem sido obrigado a carregar na verborragia diplomática e taxar o Hamas de terrorista. A pressão é grande, e vem, sobretudo, da extrema-direita que está bem assanhada jogando gasolina no incêndio, porque essa é a sua natureza irresponsável. Diferente de Lula, que tem milhares de brasileiros pra resgatar dos dois lados das cercas de Gaza.
Grande parte desses brasileiros, aliás, oriundos do Evangelistão bolsonarista que, quando chegam ao Brasil no avião da FAB, agradecem ao prefeito de Sorocaba pelo resgate. Esse é o nível da canalha.
A guerra travada entre fundamentalistas islâmicos (Hamas) e sionistas de extrema-direita (Likud) é uma guerra entre extremos espelhados, porém, assimétricos de armas. Num contexto em que o lado mais forte escolheu dizimar o seu inimigo em vez de aceitar sua existência.
Aqui não há lado a escolher. E sim, superar esse estado de coisas pelo cessar fogo imediato.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.