Eu sei o que vocês fizeram nas eleições passadas, por Rafael Abreu
Todo castelo de areia desmorona e todo mentira um dia será descoberta.
Faz pouco mais de 15 meses que Jair Messias Bolsonaro assumiu o governo e durante todo esse período, ele coleciona uma série de inimigos, desafetos, pedidos de impeachment, escândalos de corrupção envolvendo seus filhos, denúncia de fraudes nas eleições, disparo em massa de fakenews e até do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson, os seus filhos podem ser acusados.
Ele também faz coleções de improbidades administrativas, compra de apoio no congresso, crime contra a ordem e contra a segurança nacional, crimes contra a saúde pública, exonerações e demissões de ministros tidos como de sua confiança.
É tanta variedade de crimes e acusações contra o mito imaginário criado pelos populares, que você pode fazer um sorteio e escolher por qual crime ele deve ser impedido de governar.
Isso desgastou e desestabilizou a imagem do governo de Jair.
O último a se demitir do seu desgoverno e abandonar o barco, foi o Ministro da Justiça e da Segurança Pública Sérgio Moro.
Logo ele, que era tido como homem de confiança e símbolo do governo Bolsonarista.
Logo ele, que prendeu o líder das pesquisas e franco favorito a vencer as eleições passadas, para deixar o caminho livre para o Jair.
Sim, o paladino da justiça brasileira articulou e muito para que Bolsonaro chegasse ao poder, se hoje temos esse genocida no comando de nosso país, isso se deve a Sérgio Moro.
Para prender o ex-presidente Lula, o ex-juiz de Curitiba Sérgio Moro, não precisou nem mesmo de provas, bastou ele ter convicção para condenar e prender o ex-presidente.
Convicção ele tinha de sobra, ele tinha plena convicção de que prendendo o Lula, o caminho estaria livre para Bolsonaro chegar ao poder e ele, Moro, chegar até o STF que era o seu grande sonho e objetivo.
O conge e o mito então fizeram um grande pacto, um grande acordo nacional com o supremo e com tudo, para tirar o PT do poder. Esse acordo destruiu o Brasil e arrasou a nossa economia, desacelerando o nosso crescimento e a nossa ascensão como a sexta maior economia do mundo.
Hoje, há exatos 4 anos pós golpe, vemos a imagem de um país devastado pelo desemprego e pela falta de investimentos e oportunidades.
O sucateamento do SUS e o fim do financiamento público para a área de pesquisas científicas, deixaram as nossas defesas baixas e o país desprotegido desse vírus mortal.
Nesse momento de grave pandemia, os argumentos defendidos pelos Liberais caiu por terra.
Esse papo furado de privatizações e Estado mínimo, na prática não funciona.
Sempre que o barco está para afundar, os primeiros a abandonar a embarcação são os ratos e como uma cortina de fumaça, Sérgio Moro sai de cena para tentar manter viva a sua credibilidade com o eleitorado antipetista, mirando já as eleições presidenciais de 2022.
Na semana passada, o ministro da Saúde Luís Henrique Mandetta havia sido demitido. Nessa semana com a saída de Moro, a dupla posou para uma foto que foi parar no Tweet pessoal do Mandetta com a legenda:
"O trabalho realizado sempre foi técnico. Durante a pandemia trabalhamos mais próximos, sempre pensando no bem comum. Parabéns pelo trabalho, ministro Sérgio Moro. O país agradece. Outras lutas virão", escreveu Mandetta.
Pelo visto, nas próximas eleições, a chapa M.M. tá vindo aí!
Moro anunciou a sua demissão do cargo, alegando "interferência política" após a exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, ser publicada no Diário Oficial da União.
No seu pedido de demissão em rede nacional, Moro nos presenteou com uma delação premiada envolvendo a família Bolsonaro que precisa ser investigada, mas com a troca do chefe da PF será que eles vão investigar?
Quem assumiu a vaga de Valeixo é o amigo pessoal de Carlos Bolsonaro e ex chefe de segurança particular de Bolsonaro, Alexandre Ramagem.
Pelo visto a interferência se deu para acobertar os crimes cometidos pelo presidente e sua prole.
A verdade está posta, só não enxerga quem não quiser enxergar, pois o pior cego é aquele que não quer ver.
Eu sou Rafael Abreu, colunista Daki.
Rafael Abreu escreve às quartas para o Daki.