Estádio do Vasco da Gama será o primeiro com reconhecimento facial no Rio de Janeiro
Justiça do Rio suspendeu interdição de São Januário após acordo com Ministério Público última quarta (13)
A torcida do Vasco da Gama poderá voltar a frequentar os jogos da equipe no Estádio São Januário, localizado em São Cristóvão, na zona norte do Rio. Na última quarta (13), o clube assinou um acordo junto ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) para voltar a receber partidas com a presença do público.
O Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) prevê uma série de alterações no estádio como obras estruturais e investimento em tecnologia. A principal delas é a instalação de sistema de biometria facial nas catracas de acesso, inédita nos estádios do Rio.
Segundo o clube, o reconhecimento facial começará a ser implementado por fases ainda este mês. A conclusão está prevista para junho de 2024. Após o acordo, o Vasco anunciou que o plano "promete modernizar a experiência em São Januário, colocando o estádio entre os mais seguros do país".
Entre outras medidas está a reforma e ampliação do principal portão de acesso ao estádio, a instalação de câmeras de vigilância de alta resolução com capacidade de identificar todas as pessoas presentes no estádio, além da colocação dessas mesmas câmeras do lado externo do São Januário.
O Vasco também se comprometeu a garantir ao MPRJ e aos demais órgãos públicos fiscalizadores assentos no Centro de Monitoramento e Segurança do estádio e acesso a todas as imagens captadas pelas câmeras.
Interditado desde junho, a última partida do Vasco em São Januário aconteceu há mais de 80 dias. Na derrota para o Goiás pela 11ª rodada do Brasileirão, houve confronto com a polícia após uma confusão de torcedores.
Na última quinta (14), Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) suspendeu as decisões que impediam a presença do público no estádio. O desembargador Maldonado de Carvalho citou a assinatura do TAC na sua decisão. A medida vale até o julgamento definitivo do recurso pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), se mantido o interesse do Vasco no seu encaminhamento à Corte superior.
Na ação, o Vasco alegou que, caso não fosse imediatamente concedido o efeito suspensivo, ocorreriam prejuízos econômicos, financeiros e sociais, atingindo não apenas o clube, mas torcedores, moradores do entorno do estádio, comerciantes locais e ambulantes.
Em nota, o clube reiterou que a interdição se deu por "vias questionáveis" e cita a mobilização das comunidades da Barreira do Vasco, Tuiuti e Arará.
"Os moradores da Barreira do Vasco, e todos os que vivem em nosso entorno, prestaram um serviço imensurável ao levantarem ao mundo sua voz e sua exigência por respeito com as comunidades e pela reabertura de sua segunda casa, São Januário. Suas vozes se fizeram ouvir e a eles agradecemos pelo esforço e resiliência", diz o texto.
*Com informações Brasil de Fato
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