Estudantes de São Gonçalo conhecem projeto de agricultura familiar
Visita guiada ocorreu em assentamento em Monjolos
Com um olhar curioso e aguçado, os alunos da Escola Municipal Marinheiro Marcílio Dias, em Itaúna, foram visitar, nesta quarta-feira (30), o assentamento de produtores rurais gonçalenses que fazem parte da Agricultura Familiar, em Monjolos, composto por mais de 130 assentados. No passeio, as crianças tiveram a oportunidade de conhecer o espaço, a plantação, a estufa e ainda plantaram hortaliças e se deliciaram com frutas e legumes frescos.
A Agricultura Familiar faz parte de uma iniciativa da Secretaria de Educação da Prefeitura de São Gonçalo, em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Assuntos Portuários, que garante que pequenos produtores do município forneçam alimentos para a merenda escolar, em atenção ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A iniciativa da visita foi da Subsecretaria de Alimentação Escolar, com a intenção de despertar nos alunos o gosto pela comida saudável e a vontade de cultivar o próprio alimento.
“Nós pensamos em trazê-los aqui para mostrar que esse cultivo é feito no nosso município, pertinho deles, não é uma coisa distante. É muito importante essa aproximação com a terra, com os vegetais e com as frutas. Eles estão saindo daqui sabendo como se planta o alface, o tempo de cultivo dos temperos e como é a vida nas áreas mais rurais”, disse a subsecretária Pâmela Lemos. Conhecido como Carrapato, o presidente da Associação de Produtores Rurais Assentados da Fazenda Engenho Novo (Aprafen) e da Cooperativa dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Coopafer), Marco Antônio da Silveira ressalta que todos os produtos cultivados são de produção agroecológica, e, por isso, não é adicionado nenhum tipo de agrotóxico. “O que nós procuramos, enquanto membros do assentamento de São Gonçalo e enquanto gonçalenses, é produzir para as crianças aquilo que gostamos de comer, de dar para os nossos filhos. O abacaxi, por exemplo, é um produto que os agricultores usam muito veneno na produção tradicional e nós não vamos usar. Nós preferimos perder a roça do que usar o agrotóxico. Preferimos fazer ajustes e descobrir o nosso caminho com o que é mais importante: a saúde. Aqui nós produzimos alimento saudável”, explicou Carrapato.
Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.