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Estado do Rio teve aumento nos homicídios e roubos em janeiro, segundo ISP

Governo do Estado comemorou aumento na apreensão de fuzis: foram 96 armas retiradas de circulação, média de três por dia

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O Estado do Rio de Janeiro teve, em janeiro deste ano, um crescimento nos mortes violentas e nos principais índices de roubo, na comparação com o mesmo mês de 2024. Nesta quinta-feira, o Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou os dados de criminalidade no mês passado. Mesmo índices que tiveram queda no ano passado, como homicídios dolosos e mortes em confronto com a polícia, subiram no primeiro mês de 2025.



Os homicídios tiveram alta de 23% em janeiro, quando comparados ao mesmo mês do ano passado. Foram 312 vítimas em todo o estado, média de dez por dia. As mortes pela polícia também subiram: os 68 mortos em confronto representam um aumento de 13% em relação ao primeiro mês do ano passado.


Os roubos tiveram um crescimento mais acentuado, de acordo com os números do ISP. O roubo de celular subiu 39% em janeiro: houve 2.088 ocorrências do crime no mês. Os roubos de veículo subiram ainda mais, 43%, com 2.663 casos em janeiro. Roubos de carga (49%), a pedestre (7,6%) e em ônibus (23%) também aumentaram, na comparação com o mesmo mês de 2024.


Alta na apreensão de fuzis


Um índice positivo, e comemorado pelo governo, foi o crescimento na apreensão de fuzis. Em janeiro, 96 armas do tipo foram tiradas de circulação, média de três por dia. O número representa um aumento de 55% em relação ao mesmo mês do ano passado. Houve também crescimento nas prisões em flagrante (4,2%) e nas apreensões de drogas (10,5%).


— Continuamos batendo recordes na apreensão dessas armas de guerra. E também continuo a afirmar ser necessário que o governo federal faça a sua parte, impedindo que esse armamento tão letal entre pelas nossas fronteiras. O Rio de Janeiro não produz armas, então é muito importante essa ação por parte do governo federal — disse o governador Cláudio Castro.


A presidente do ISP, Marcela Ortiz, destacou o aumento da produtividade policial, com mais prisões e apreensões:


— A produtividade policial em janeiro evidencia o compromisso das forças de segurança do estado em combater a criminalidade. Os números históricos alcançados são resultado de ações estratégicas e integradas, que demonstram o árduo trabalho das polícias Civil e Militar no enfrentamento à criminalidade organizada.


Procurada para comentar o aumento nos índices, a Polícia Militar informou ter realizado este ano mudanças estratégicas em diversos batalhões e implementou a Operação Impacto, para reduzir os índices de criminalidade (veja a íntegra da nota ao fim da matéria). A Polícia Civil também foi procurada, mas não se pronunciou.


Para o o professor Daniel Hirata, coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (UFF), os números de janeiro mostram que não tem surtido efeito a estratégia de usar operações como a Impacto e a Torniquete, conduzida pela Polícia Civil, para reduzir os índices de criminalidade:


— São operações de grande monta, ocorrendo em lugares bastante conflagrados, e isso não tem surtido efeito. Sabe-se, e as experiências mais bem-sucedidas apontam, que o enfrentamento do roubo de veículos tem que considerar a cadeia de valor como um todo. Significa que a atuação tem que estar baseada em investigações, atuando em todos os elos, desmanches, ferros-velhos, pontos de receptação. A experiência de São Paulo, por exemplo, é bastante bem-sucedida, na marcação das peças dos veículos e na fiscalização desses locais. O roubo de celular tem um problema bastante semelhante. O que nós temos (no Rio), e que é a marca desse governo, são ações puramente repressivas.


*Com informações Extra


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