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Esquerda, direita, centro, volver ou o que fazer?

Por Rofa Araújo 



É um tal de esquerda, direita... e o que tem isso a ver com política que tanto se fala? E de onde surgiu esses termos aliados às definições atuais?


Os termos “esquerda” e “direita” surgiram durante a Revolução Francesa, de 1789 e, sequencialmente, ao Império de Napoleão Bonaparte, quando os membros da Assembleia Nacional se dividiram no parlamento entre os partidários do rei, sentados à direita do presidente e os simpatizantes da revolução à sua esquerda.


Sendo assim, “direita e esquerda” são orientações políticas que, em sua essência, diferem na abordagem em relação à igualdade social, com a esquerda defendendo maior intervenção estatal para promover igualdade e a direita priorizando a liberdade individual e a preservação das tradições, mesmo que isso resulte em desigualdades.



A distribuição de “direita e esquerda” no mundo varia, com a Europa tradicionalmente inclinada para a social-democracia, enquanto a América Latina, historicamente, alterna entre governos de esquerda populista e regimes de direita, refletindo tensões locais e tendências globais. No Brasil, a dinâmica entre “direita e esquerda” reflete uma história de alternância entre regimes autoritários de direita e movimentos populares de esquerda, culminando em uma polarização política acentuada nas últimas décadas, marcada por debates sobre o papel do Estado, os direitos das minorias e a direção futura do país.


A polarização política e seus efeitos em relação à divisão entre “esquerda e direita” tornou-se mais intensa nas últimas décadas, com a ascensão das redes sociais e da comunicação digital. Fake News, desinformação e discursos inflamados contribuem para o radicalismo em ambos os espectros políticos.


No Brasil, a polarização se manifesta em debates sobre programas sociais (como o Bolsa Família, defendido pela esquerda e criticado por parte da direita) e privatizações (como a venda de empresas estatais, apoiada pela direita e combatida pela esquerda). Nos Estados Unidos, a polarização é evidente em temas como controle de armas, aborto e imigração, enquanto na Europa, há debates sobre identidade nacional, globalização e políticas econômicas.


A divisão entre “esquerda e direita” é uma construção histórica que evoluiu e se adaptou às diferentes realidades. Hoje, essa distinção se reflete em debates sobre economia, cultura, segurança, direitos civis, costumes e identidade de gênero. Se bem que muito do que se prega por um esse “lados” são bem irreais na prática e não necessariamente uma “bandeira verdadeira”. Compreender essas diferenças ajuda a analisar criticamente as propostas políticas e a fortalecer a democracia.


Com o tempo, essa disposição espacial foi adotada como uma metáfora para descrever as orientações políticas em geral. A “direita” passou a representar àqueles que defendem a manutenção do status quo, a preservação das tradições e a ordem social existente; enquanto a “esquerda” passou a ser associada aos que buscam mudanças sociais, econômicas e políticas, frequentemente em direção à maior igualdade e justiça social.


Essa categorização tornou-se amplamente aceita e foi adotada em vários países, mesmo aqueles sem uma tradição direta ligada à Revolução Francesa. Ao longo do século XIX, com o surgimento de novas ideologias, como o comunismo, o socialismo e o liberalismo, os termos foram sendo adaptados e adquiriram novos significados, mas a divisão fundamental permaneceu: a esquerda foi associada a ideias progressistas, reformas sociais e políticas igualitárias, enquanto a direita foi relacionada à conservação das tradições, da autoridade e das hierarquias sociais.


Então vamos nós: pela esquerda, pela direita, pelo centro, volver ou o que fazer para entender? O que não pode é não se posicionar e deixar tudo ser levado pelos outros e, por isso, ir contra as posições enraizadas de cada um.


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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.

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