Enfim, pegaram um general e prisão do bozo é logo ali
Por Helcio Albano
Uma vez, às voltas das eleições de 2018, um amigo, jornalista, disse-me que votaria em Bolsonaro com o famoso espírito do "contra tudo isso que taí". Retruquei, meio estupefato, do porquê daquela autoimolação, sabendo-se ser o capitão um notório defensor da ditadura, tortura e tals:
"Pô, o cara vai botar general 4 estrelas pra governar junto com ele, você sabe o que é isso?", afirmou, tentando me convencer da competência inerente aos quadros do Exército, e insinuando que o coisa ruim seria apenas um zerroela, fantoche da milicada. Ledo engano.
A operação da PF hoje (11), que chegou ao general Mauro Cid (pai) no caso das joias, mostra uma faceta dura à Caserna. De que parte do seu corpo é formado por trombadinhas, parasitas e quadrilheiros negocistas que se locupletam de sua quase condição de casta pra saquear o Estado brasileiro. E foi justamente essa gente que ocupou o governo federal nos últimos 4 anos sob a batuta-regente do trombadinha-mor do Vivendas da Barra que, a essa altura, já deve estar com o passaporte retido pela Polícia.
Quero acreditar que a PF seguirá com suas investigações em cima dos verde-oliva para além dos crimes comuns de furto, roubo, contrabando e peculato em que essa turma está metida; e avance sobre os ideólogos e operadores do golpe de Estado malogrado em 8 de janeiro. E dou nome aos bois: Villas-Boas, Heleno, Braga Neto, Arruda, Pazuello.
Estes sim têm que dar explicação, a começar pela catástrofe sanitária na pandemia até a liberalidade dos acampamentos em frente aos quartéis.
Selva!
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.