Em debate, Lula não quis saber de quizilas com adversários - por Helcio Albano
Até os anos 1980 havia um instrumento muito popular de apresentação dos escretes de futebol que disputariam o campeonato: o torneio-início. Ele servia para criar entre imprensa, torcedores e casas de apostas expectativas de quem seria o campeão daquele ano.
Por analogia, podemos dizer que o "torneio-início" desta campanha eleitoral foi a entrevista dos candidatos no JN. Portanto, é mais do que compreensível a "frustração" da militância mais engajada e dos amantes da política com a performance de Lula no primeiro jogo do campeonato, o debate na Band neste domingo (28). Terão outros até a grande final no "maior do mundo", na Globo, três dias antes das eleições, no dia 29/9.
Lula não quis saber de quizilas, isso ficou óbvio. Mas sobre corrupção abordada pelo seBozo, poderia reproduzir umas das respostas que já ouvi dele: "Olha, nós temos que respeitar a Justiça desse país, gostando ou não das suas decisões. E o Palocci? Sinto muito por ele e por sua família. Mas nenhuma mentira que ele ou que outros contaram contra mim pararam em pé porque são o que são: mentiras".
Pronto! Em menos de 30 segundos mataria o jogo e a partir dali era só administrar o resultado. E jogando bonito.
Não fez, mas também não sofreu gols porque os adversários são muito ruins. Por causa disso é que muito provavelmente levará o "caneco". Se não no dia 2, em 30/10.
No mais, qual o critério que fez os "traços" Soraya qualquer coisa (UB) e D'Ávila (Novo) irem ao debate e Vera Lúcia Lúcia (PSTU), Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP) não irem? Pesquisa não foi...
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.