Eleições 2024: Espaço das mulheres progressistas
Por Edir Tereza do Reis e Sirley Tereza dos Reis
O maior evento do mês de outubro de 2024 sem dúvida são as eleições municipais. Em todo Brasil os partidos de esquerda, direita e do centro definem seus candidatos e candidatas que já se mobilizam na pré-campanha eleitoral.
Nós, eleitores, por vezes não temos plena consciência da importância que um vereador e um prefeito têm na nossa vida e na sociedade local. Votamos porque é obrigatório - discurso recorrente, inclusive até demonstrado pelos resultados das últimas eleições cujos votos em branco ou nulos cresceu de forma alarmante, evidenciando a descrença que o eleitor tem nos políticos brasileiros.
Outros eleitores justificam o voto pela amizade, pelo trabalho remunerado conseguido na campanha e prometido para pós-campanha e outros tantos “ajustes”.
O voto nulo e o voto “por simpatia ou promessas” estão fundamentados em opções individuais. Este fator desloca o papel real dos candidatos eleitos, pois ao vereador compete fiscalizar a atuação do Poder Executivo e propor leis que visem o desenvolvimento social e econômico da cidade - que abrange a sociedade local e não indivíduos.
Muitos municípios, ainda presos à prática do “deslocamento” da função oficial de vereador para o “empreguismo” loteia cargos de contratos e de função comissionada para os vereadores eleitos - práticas do paternalismo que formou a sociedade brasileira.
Neste contexto de eleições e desempenho político locais precisamos de mulheres no poder. Mas que mulher? Aquelas que representam nos partidos apenas a cota a ser cumprida e têm os mesmos discursos das mulheres reprimidas e segregadas dos séculos passados e de fato, no discurso, mantém o status quo da sociedade patriarcal? Não.
Precisamos de mulheres no poder - mulheres progressistas que caminhem ao lado dos homens. Mulheres que representem a diversidade e pluralidade de gênero e etnico-racial. Mulheres são a maioria da população e não estão plenamente representadas no poder legislativo.
A sociedade humanizada é aquela onde as pessoas se unem, onde a comunidade tem o poder - não o indivíduo. Para o poder político ser igualmente distribuído, as mulheres precisam saber que não estão sozinhas nas lutas do dia a dia.
As conquistas que obtivemos nos últimos 50 anos, resultam do esforço e união de milhares de mulheres que acreditaram umas nas outras. Para derrubar preconceitos precisamos de união, só escolheremos nosso próprio destino, se tivermos voz:
“O lugar da mulher, é onde ela quiser”.
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Edir Tereza dos Reis é Orientadora Pedagógica (PMDC), Supervisora Educacional (PMSG), Psicopedagoga, especialista em Neurociências, membra do Coletivo ELA – Educação Liberdade para Aprender e colaboradora da Coluna "Daki da Educação", publicada às sextas.
Sirley Teresa dos Reis é Psicóloga, Assistente Social, Mestranda UFF e membra do Coletivo ELA – Educação Liberdade para Aprender e colaboradora da Coluna "Daki da Educação", publicada às sextas.