Educadores apoiam proposta do MEC que pretende banir celulares na sala de aula

A ideia do Ministério da Educação de banir o uso de telefone celular nas escolas públicas e privadas do país é apoiada por professores e orientadores educacionais. A previsão é que a proposta seja apresentada no próximo mês com a finalidade de frear os efeitos prejudiciais do uso excessivo de telas por crianças e adolescentes.
Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a proposta se baseia em pesquisas que mostram que o aprendizado e o desempenho dos alunos são comprometidos pelos celulares e outros tipos de equipamentos tecnológicos. O uso teria impactos, ainda, na saúde mental dos professores.
“A pandemia deu um poder a mais para a tela. O problema já existia, mas havia um controle maior sobre tempo, espaço e conteúdo. Na medida em que entramos em uma pandemia e todos ficaram trancados dentro de casa, famílias se viram sem outras ferramentas para os jovens”, disse Marina Rampazzo, orientadora educacional da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Doutoranda em Educação na Universidade Federal Fluminense (UFF), a professora Lívia Miranda faz uma reflexão sobre o tema. Para ela, proibir totalmente não é a solução do problema, é preciso investir na formação dos profissionais de educação para que a tecnologia nas escolas seja usada de forma pedagógica:
“É importante os estudantes terem acesso à tecnologia de maneira adequada e consciente, para saberem que o uso excessivo é prejudicial. Não podemos negar que os recursos tecnológicos auxiliam as crianças com deficiência, como por exemplo o uso moderado dos jogos pedagógicos. Isso sem falar das pesquisas, que auxiliam o estudante a buscar informações que não estão expressas nos livros. É necessário segmentar o uso das telas por faixas etárias, para que a gente entenda o que é mais interessante para cada idade”.
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