Editorial Daki: Chuvas, tragédias e resoluções
Editorial Daki.
Quinta (9). Dois dias após as fortes chuvas que atingiram a região metropolitana do Rio e Saquarema, seguimos contabilizando os estragos - e mortes. São 6 confirmadas até agora.
Na Coruja, onde uma jovem de 22 anos morreu soterrada, ainda há riscos de deslizamentos. Mesma cenário no Pita e em Neves, onde uma pedra de algumas toneladas pode vir abaixo a qualquer momento.
Agora, segura a visão, porque logo logo com o sol firme despontando das montanhas de Santa Isabel, todo esse sofrimento será apenas circunscrito às vítimas, até vir um outro temporal e sabe-se lá quem a vida vir a ceifar. Você, eu, um familiar, um amigo?
Segura a visão porque esse é um problema estruturante de outros problemas que deve exigir uma solução à sua altura: um plano de metas de ao menos 20 anos mesclado a um plano de prioridades de curtíssimo prazo.
Acabar com as enchentes e alagamentos exige um esforço conjunto e integrado em/de diversas áreas de intervenção, através de governo(s), sociedade, universidades, iniciativa privada e muito, muito recurso e planejamento.
Só São Gonçalo não resolver esse problema que atinge todas as cidades do leste fluminense e RIo. Há um debate sobre a criação de um consórcio metropolitano de desenvolvimento para a região (aliás, cadê o Conleste?) tendo como principal ativo de financiamento os royalties do petróleo.
Não se sai dessa sem uma compreensão regional e integrada de desenvolvimento. E já passou da hora do leste fluminense ter esse modelo de governança obstaculizado pela fusão em 1974.
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