Direita no 'modo golpe' obriga esquerda povoar Legislativo
Por Helcio Albano
E eis que voltamos a 2013. Bastou o presidente Lula anunciar a retomada da autonomia e dos investimentos da Petrobras em refinarias pra mídia empresarial cair matando. Já vou logo avisando: os caras, em nome do Tio Sam, estão no "modo golpe" novamente 24 horas por dia. É repetitivo, por isso ainda mais cansativo, mas se prepare.
As eleições municipais serão ainda mais difíceis para a esquerda e o campo democrático e nacionalista. Serão batalhas renhidas para quem não tem medo da luta.
É fundamental, mais até que a majoritária, que garantamos o maior número possível de vereadores nas Câmaras municipais Brasil afora. A direita entendeu desde 2016 que é no Legislativo onde está o principal campo gravitacional do poder.
Foca no edil!
Em São Gonçalo será terrível. Com nominatas mais enxutas, o quociente eleitoral pra garantir uma cadeira na casa legislativa subirá do entorno de 2 mil votos para 3,5 mil votos aproximadamente.
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No "mercado eleitoral" da cidade há disponíveis 150 mil votos válidos cativos da esquerda que devem ser revertidos para candidaturas do campo, para que eleja, pelo menos, 9 de 27 vereadores, que são 1/3 das cadeiras, o número mágico de obstrução das ações do Executivo.
A cidade, além de ter uma representação ridícula de gênero, consegue se superar em representatividade política e ideológica. Onde estão esses eleitores? De que forma partidos e federações conseguirão mapeá-los? Há estratégia nesse sentido? Se não há preocupação com isso, é muito grave.
Caso contrário, sugiro pedir ajuda do oráculo: o Gordo.
Plus
E além de ocupar ainda mais o Legislativo, há de se voltar às ruas, refundar associações e centros comunitários de bairros com muita ação social, cultura e ensino de política. Os partidos, através de suas fundações, podem e devem dar apoio logístico para isso.
Ou é isso, ou a morte. Até literal, caso a sanha golpista dos de sempre seja saciada.
Bônus
Voltado à questão da Petrobras. Os EUA nunca esconderam que a empresa e seu modelo de investimento em conteúdo nacional sempre ou incomodou. Daí grampos contra a Dilma e executivos da petroleira entre 2010 e 2012, já admitidos até pelo Obama.
E, por fim, a guerra híbrida contra o país, Lava Jato à frente, que depôs a presidenta.
Bônus-Track
A sabe qual a primeira ação do Temer presidente?
Acabar com o conteúdo nacional e implantar a paridade de preços com o dólar, que quintuplicou a importação de diesel do Brasil com...
os EUA.
Vai vendo zé-goela anti-CORRUUUPIÇÃUMMMM.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.