Dimas Gadelha é alvo de ataque de fake news e 2020 se repete em São Gonçalo
Montagem mal intencionada tenta associar candidato do PT à decisão desfavorável sobre royalties para a cidade
Por Cláudio Figueiras
Ontem (14) saiu a notícia de que a liminar que garantia R$ 500 milhões de royalties anuais do pré-sal para São Gonçalo foi derrubada pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Maria Thereza de Assis Moura a pedido do prefeito de Niterói Axel Grael (PDT).
Ao noticiar a decisão, o que faz a página do Facebook São Gonçalo Informa (SGI)? Coloca em destaque a foto do candidato a deputado federal, Dimas Gadelha (PT), pra queimar seu filme junto ao eleitorado, vinculando-o a uma notícia negativa para São Gonçalo. O Município ainda pode recorrer.
"Aqui em São Gonçalo é assim: chega as eleições e está aberta oficialmente a temporada de fake news. É vergonhosa a postura política de alguns grupos políticos que se utilizam de falsos sites de informação da cidade. Por dinheiro eles vendem até a mãe. Agora os bolsonaristas querem me acusar na apelação judicial feita pelo governo de Niterói na briga pela divisão dos royalties. Ô povinho criativo! Gostam de inventar mentiras. Eu jamais faria mal a minha cidade", disse Dimas, que já foi alvo de ataques de fake news e manipulação da mesma página quando concorreu à Prefeitura de São Gonçalo em 2020 contra o atual prefeito capitão Nelson (PL).
Dimas, que rebateu os ataques num vídeo publicado em suas redes sociais, acredita que o ataque sujo do SGI, que tem mais de 400 mil seguidores, se deve ao seu favoritismo na disputa apontado por pesquisas realizadas por partidos para consumo interno das campanhas. No vídeo, ele lembra do expediente utilizado em 2020 pelo grupo político do prefeito para espalhar as mentiras:
"Eles espalham essa fake news porque sabem que todas as pesquisas me colocam entre os favoritos na disputa para deputado federal. Mas o povo gonçalense não é bobo. O povo lembra quem venceu as eleições prometendo acabar com as barricadas espalhando fake news pela cidade", lembrou o candidato, que assumiu o compromisso de trabalhar para reverter a decidão assim que for eleito:
"Esse é meu primeiro compromisso", finalizou.
O processo, que gerou decisão provisória agora derrubada pelo STJ, tem origem ainda no governo Henry Charles, em 2002. Em 2017 houve nova movimentação a partir do retorno de regime de concessão dos royalties, que beneficiou Niterói e Maricá, com valores que ultrapassam mais de R$ 1 bilhão por ano para cada município.
Neste, ano já com escritório particular de advocacia à frente e remunerado em 20% do valor da ação, segundo denúncia do vereador gonçalense Romario Regis (PDT), houve nova movimentação no TRF2 em favor dos municípios de São Gonçalo, Magé e Guapimirim, derrubada agora por decisão monocrática no STJ.
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