Demolição de 'condomínio de luxo do tráfico' na Maré será de forma manual
O delegado Pedro Cassundé, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, falou em entrevista sobre o esquema de lavagem de dinheiro do tráfico
A Secretaria municipal de Ordem Pública informou que a demolição do condomínio de luxo que estava sendo construído pelo tráfico de drogas no Complexo da Maré terá que ser feita manualmente porque as retroescavadeiras não conseguem chegar ao local. Não há prazo para que os trabalhos sejam finalizados.
A prefeitura e a polícia iniciaram, nessa terça-feira (14), uma operação que revelou a expansão dos negócios do tráfico de drogas. Segundo a prefeitura, o planejamento indicava que a operação seguiria hoje, mas não houve apoio da polícia para seguir com a demolição e por isso eles não estão na comunidade. A expectativa é de que a demolição siga nos próximos dias. O Condomínio Novo Horizonte, com 40 prédios, estava sendo construído pelo Comando Vermelho sem qualquer tipo de licença.
Os engenheiros da prefeitura calculam que a demolição do empreendimento vai causar um prejuízo de R$ 30 milhões ao tráfico. Alguns imóveis chegam a ter seis pavimentos, além de espaços para lojas, bares, fábrica de bolo e um espaço comunitário para eventos. A maioria das unidades estava em fase de alvenaria e desocupadas.
Durante a operação, os agentes encontraram um quadriplex de luxo, com acabamentos em mármore, uma piscina com cascata e uma banheira de hidromassagem. Os prédios foram erguidos numa área de 3.314 m², que há quatro anos estava vazia. Ao lado ficam o campo de futebol de um clube e o Ciep Professor César Pernetta, da rede estadual.
As unidades eram vendidas por valores entre R$ 45 mil e R$ 80 mil . O aluguel era de cerca de R$ 1,2 mensais.
O delegado Pedro Cassundé, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, em entrevista aos âncoras Bianca Santos e Leandro Resende no CBN Rio, fala sobre o esquema de lavagem de dinheiro do tráfico.
Com informações CBN
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