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Defensor do fim da escala 6x1, Dimas Gadelha comemora adesão à proposta na Câmara

PEC chegou a 185 assinaturas, ultrapassando as 171 adesões necessárias para que proposta possa tramitar no Congresso Nacional


Por Helcio Albano

Dimas Gadelha foi um dos primeiros a assinar a PEC/Foto: Arquivo Daki
Dimas Gadelha foi um dos primeiros a assinar a PEC/Foto: Arquivo Daki

Fim da escala 6x1. Se você esteve em Marte nos últimos dias e só voltou agora, talvez não saiba o que isso significa. Mas se você em algum momento viu televisão, ouviu rádio, acessou a rede social ou o grupo de WhatsApp da família e dos amigos, com certeza sabe do que se trata.


Se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), protocolada na Câmara de Deputados em maio deste ano pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que põe fim à jornada de 44 horas semanais e à escala 6x1 de trabalho, sem redução salarial.


O objetivo é dar mais qualidade de vida ao trabalhador garantindo a ele mais tempo de descanso semanal e tempo livre para conseguir fazer outras atividades.



A PEC propõe inicialmente redução da jornada de 44 para 36 horas semanais (4x3). Mas a própria deputada admite que pediu "alto", no sentido de possibilitar um ambiente de negociações entre os parlamentares para que se chegue a um consenso de ao menos 40 horas semanais, numa escala 5x2 para os trabalhadores.


A proposta, apresentada a Hilton pelo Movimento VAT (Vida Além do Trabalho), encabeçado pelo recém-eleito vereador pelo Rio, Rick Azevedo (PSOL-RJ), viralizou e ganhou tração e apoio sem distinção nas redes, provando que a PEC foi absorvida e caiu no gosto popular.


Influencers e artistas usaram suas redes sociais para apoiar a medida, que foi pauta de quase um programa inteiro na Globo News na tarde de ontem (11), que entrevistou Rick Azevedo. E até o vice-presidente, Geraldo Alckmin, se manifestou a favor da escala 6x1 e ainda afirmou que isso é tendência no mundo todo.

Praticamente todos os sites de notícias estampam nesta terça (12) o tema em suas páginas iniciais (home) com grande destaque e repercussão.


No mundo político, a PEC é a pauta do momento desde sábado (9) nos perfis dos deputados nas redes sociais. Seja com manifestações contrárias, em sua grande maioria da direita, representada pelo PL, mas majoritariamente a favor da proposta, principalmente entre os parlamentares de esquerda, que comemoram o crescimento da campanha nos últimos dias.



"Os trabalhadores serão vitoriosos. Graças à participação e pressão massiva de todos pelas redes sociais, conseguimos apenas nos últimos três dias a adesão de mais de 40 deputados que já assinaram a apoio a PEC que traz qualidade de vida para o trabalhador brasileiro", disse o deputado federal Dimas Gadelha (PT-RJ) ao Daki, um dos primeiros parlamentares a assinar, como coautor, a PEC pelo fim da escala 6x1.


"O empresário não precisa olhar a PEC com desconfiança. Os países que apostaram na redução da jornada o lucro aumentou, a economia cresceu. Porque o trabalhador saudável é um trabalhador mais produtivo. Eu tenho orgulho de participar desde o início dessa luta, que a também tem de ser estendida aos trabalhadores sem direitos desse país, principalmente os que trabalham por aplicativo", finalizou Dimas.


Até sábado, apenas 79 deputados haviam se juntado à proposta desde maio. Mas o jogo virou quando a PEC passou a ter mais visibilidade e apoio em massa nas redes sociais, que passaram a pressionar os deputados pela assinatura, que no início desta terça já tinha chegado a 140, segundo Erika Hilton.



No início da noite, as adesões já tinham chegado a 185, mais do que o mínimo de 171 assinaturas necessárias dos 513 deputados para que a PEC seja aceita e inicie sua tramitação no Congresso Nacional para, então, seguir um tortuoso percurso até a votação, primeiro no plenário da Câmara, e depois no Senado.


Para ser incorporada à Constituição, é necessária sua aprovação por 2/3 dos parlamentares nas duas casas: 308 deputados e 49 senadores, respectivamente.


Brasil terá atos pelo fim da escala 6×1


Na próxima sexta-feira (15), feriado da Proclamação da República, o movimento Vida Além do Trabalho (VAT) realizará uma série de mobilizações pelo fim da jornada de trabalho em escala 6×1.


A organização nacional do grupo, liderado por Rick Azevedo, fundador do VAT, convocou trabalhadores em diversas capitais do país para participar dos protestos.


Veja os locais e horários da concentração das manifestações confirmadas até o momento:


Rio de Janeiro – Câmara Municipal (Cinelândia), às 10h

São Paulo – Av. Paulista com Brigadeiro, às 9h

Fortaleza – Praça do Ferreira, às 10h

Brasília – Rodoviária do Plano Piloto, às 9h

Vitória – Assembleia Legislativa do ES (ALES), às 14h

Porto Alegre – Usina do Gasômetro, às 15h


Matéria atualizada às 21h18min.


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