Declaração com hipérbole e a 'persona non grata' em Israel
Por Rofa Araújo
As últimas declarações do presidente Lula em visitas internacionais a países africanos como Egito e Etiópia, deram o que falar. E será por quê? Foram exagerados ou desrespeitosas ou até mesmo verdadeiras, mesmo que duras e veementes?
Ao comparar que um conflito atual se assemelha a algo tão genocida de terrível como o Holocausto implementado pelo Nazismo de Hitler, com testes químicos nos judeus pelo simples fato de pertencerem a essa raça, num claro sinal de antissemitismo. Matou milhões e jamais será reparado em esquecido.
E o que a declamação do presidente brasileiro a respeito da guerra de Israel e Hamas ser comparável a essa terrível página da História? Talvez não seja em número porque não chegou a missões de vítimas, mas pode ser pelo motivo de unicamente serem povos palestinos atingidos, homens, mulheres e crianças e não somente militares como sempre costumam se justificar. E tudo pela liderança genocida do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um sanguinário que não somente deseja se defender como fiz, mas em matar inocentes com raiva histórica do povo palestino, tão antiga e do tempo bíblico.
Toda essa celeuma pela comparação em si ou porque não quer ser criticado pelos seus atos atrapalhados em matar todos à sua frente, sem se importar com inocentes como tem feito até aqui? Assim, declarou “persona non grata”, o presidente Lula e ainda por cima o ministro de Relações Exteriores ainda fez declarações mentirosas do que não foi dito de verdade. Até porque não e justifica o que tem sido feito nessa guerra.
Israel sempre se vale de ser chamado biblicamente de “povo escolhido de Deus”, porém, ao fazer as coisas erradas desde as épocas bíblicas e desagradar o próprio Senhor de suas ações ao longo da História. Quem erra precisa reconhecer e não achar que matar para se vingar e defender, supostamente é um direito do jeito que for feito.
Vale lembrar que para Israel, Jesus Cristo foi “persona non grata”, tanto que não o aceitam até hoje como o Salvador e em sua época ainda foi condenado e crucificado. Ou seja, quem é esse chamado “povo de Deus” que se acha o melhor dos povos por ser “povo escolhido de Deus”, usando seu nome para matar e destruir?
A declaração de Lula pode até ser sido bem ao estilo hipérbole das figuras de linguagem da Língua Portuguesa, um exagero por ser uma comparação aparentemente descabida, mas quando se vê o que eles têm feito a um povo bem menos armado e vulnerável que eles servem de alerta para não chegar nem próximo ao genocídio sofrido pelo povo judeu. Aliás, na fala em questão, jamais foi desrespeitado, mas apenas dito para que não fizesse com o povo palestino o que foi sofrido na pele pelo próprio povo israelense. E tudo por ser esse ou aquele povo e não por outro motivo maior.
Que sirva para reflexão tal declamação e não para viralizar para o lado errado e não resolver a guerra que tem marado muito sem o menor pudor, sendo aceito por muitos como se as vidas nada valessem, como foram descartadas a dos judeus por Hitler, na Segunda Guerra Mundial.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Editora JORNAL DAKI
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.