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Da ameaça de privatização à precarização: trabalhadores dos Correios entram em greve


Foto: Reprodução

Os trabalhadores dos Correios em nove estados decidiram na noite de quarta-feira (7) entrar em greve por tempo indeterminado. Após se mobilizarem contra ameaças de privatização da estatal durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), eles resolveram cruzar os braços por reajuste salarial e melhorias no plano de saúde corporativo durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).



Até o momento, a greve dos Correios atinge Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul Tocantins, além de São Paulo e Rio de Janeiro. No Distrito Federal, os trabalhadores entraram em estado de greve, e podem parar as atividades a qualquer momento.


São Paulo e Rio concentram cerca 40% do efetivo de quase 80 mil funcionários da estatal e 60% do fluxo postal do país, de acordo com a  Federação Interestadual dos Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Findect).


Ainda segundo a federação, o programa de entrega de leite da Prefeitura de São Paulo foi paralisado pela greve. Alguns setores de entregas de encomendas no Rio também estão 100% parados.


Os Correios, por sua vez, informaram em nota que seguem operando normalmente em todo o país nesta sexta-feira (9), com cerca de 92% do efetivo trabalhando. "Todas as agências do Brasil estão abertas e as entregas estão sendo realizadas", declarou a estatal. "A empresa já adotou medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para cobrir as ausências pontuais e localizadas devido à paralisação anunciada pelo sindicato."

Douglas Melo, diretor de Comunicação da Findect, disse que a paralisação foi a última alternativa para os trabalhadores, após meses de negociação e 14 reuniões com representantes da empresa e governo. "Chegamos no limite", resumiu.



Os trabalhadores reivindicam 5% de reajuste salarial pago ainda neste ano, mais R$ 300 de aumento igualitário para todos os funcionários. "Esse aumento linear é para reduzir a diferença salarial entre os que menos e os que mais ganham na empresa", explicou Melo. "Nos Correios, o maior salário é 30 vezes o menor."


Segundo ele, outra reivindicação diz respeito a mudanças no plano de saúde corporativo da estatal. Os trabalhadores pedem que o desconto do salário mensal referente ao plano seja recalculado e que a coparticipação por consultas e exames caia de 30% para 15%.


"Cerca de 20 mil funcionários já deixaram o plano de saúde", relatou. "São quase 1 mil desligamentos do plano por mês."

*Com informações Brasil de Fato

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