Câmara de São Gonçalo homenageia Ceciliano e Horta
- Jornal Daki
- 21 de mar. de 2022
- 3 min de leitura
Presidente da Alerj e prefeito de Maricá receberam Título de Cidadão Gonçalense. Deputado afasta rumores e confirma candidatura ao Senado
Por Helcio Albano

A Câmara de Vereadores de São Gonçalo ficou “vermelha” na manhã desta segunda (21) para homenagear o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), André Ceciliano, e o prefeito de Maricá, Fabiano Horta.
Os dois petistas atualmente mais importantes do estado do Rio de Janeiro receberam das mãos da correligionária de legenda, vereadora Priscila Canedo, a maior honraria da cidade, o Título de Cidadão Gonçalense, num plenário recheado de estrelas do Partido dos Trabalhadores. Entre elas, as vereadoras de Niterói, Verônica Lima, e do Rio, Tainá de Paula.
Mas coube, porém, ao deputado federal e pré-candidato ao governo do estado, Marcelo Freixo (PSB), que chegou acompanhado do pré-candidato a deputado federal, Dimas Gadelha (PT), abrir a sessão de homenagens a Ceciliano e a Horta na Tribuna da casa legislativa:

“Tinha que estar aqui na Câmara de Vereadores em homenagem ao André Ceciliano e ao Fabiano Horta. Dois grandes amigos e dois políticos muito importantes para o futuro do Rio de Janeiro. Então eu tenho que estar presente aqui. É obrigatório”, disse o deputado, que deve encabeçar a chapa apoiada pelo PT tendo Ceciliano candidato ao Senado. É a segunda vez em dois dias que Freixo vem a São Gonçalo.
Alguns políticos da cidade, adversários ferrenhos do PT, como o presidente da Câmara, Lecinho Breda (MDB), e o suplente de deputado e vereador licenciado, Jalmir Junior (PRTB), prestigiaram a sessão solene compondo a Mesa. E lá pelas tantas, tiveram que ouvir, a contragosto, o clássico coro “Olê, olê, olá. Lula, Lula”, em apoio ao ex-presidente que tentará o terceiro mandato este ano como franco favorito liderando todas as pesquisas.
A manifestação petista, por sua vez, não foi suficiente para mexer com os humores do vereador e diminuir a admiração, pública, reiterada, que Breda tem por Ceciliano:
“André Ceciliano é um aglutinador. E quando eu falo no André, eu não falo no PT, eu falo na pessoa no homem do André, que é uma pessoa que sabe ouvir você, sabe fazer política. É uma pessoa diferenciada”, afirmou o presidente da Câmara.
Fora do Plenário, o vereador Juan Oliveira (PL) reagiu ao coro petista com um grito, mesmo contido, de “Bolsonaro, Bolsonaro”, deixando evidente a polarização e o que vem pela frente entre lulistas e bolsonaristas nas eleições de outubro.
A Casa Legislativa é majoritariamente de apoio ao governos local, estadual e federal, nas figuras de Nelson Ruas, Cláudio Castro e Jair Bolsonaro, respectivamente, todos do PL e de viés de direita.
Durante a sessão, que durou mais de duas horas, Ceciliano e Horta falaram de suas atuações à frente da Alerj e da Prefeitura.
Todas as atenções, porém, se voltaram para o advogado, deputado de quatro mandatos e ex-prefeito de Paracambi, que deve confirmar oficialmente a candidatura ao Senado Federal no final de março.
Ceciliano fez um extenso balanço de sua gestão na presidência da Alerj durante a crises fiscal, política e sanitária vividas por ele no estado nos últimos anos sob aplausos de todas as colorações partidárias presentes no Plenário Joaquim Lavoura.
“Pra mim é uma honra (receber essa homenagem). A gente aproveita e fala um pouquinho do trabalho da Assembleia como um todo. Eu brinquei aqui com a Priscila e com o Lecinho dizendo que São Gonçalo ganhou mais um vereador. Não temos 27, são 28 agora. São Gonçalo precisa melhorar a sua arrecadação e rediscutir a distribuição dos royalties (do petróleo)”, disse Ceciliano, que pretende transformar a Ilha Redonda, na Baía de Guanabara, em área limítrofe de produção da Petrobras, garantindo para São Gonçalo parte dos royalties de aproximadamente R$ 8 milhões mensais pagos somente à cidade do Rio.
O presidente da Alerj, quando indagado se preparado para um mandato de 8 anos, fez questão de reafirmar sua candidatura ao Senado, afastando rumores de que estaria trabalhando para ter a indicação do PT ao governo do estado.
“Não tem eleição fácil. Vamos discutir o Rio de Janeiro, as prioridades, suas potencialidades. Por isso a gente precisa estar no Senado defendendo o estado do Rio de Janeiro”, frisou.
Então o repórter provoca:
Um mandato de 8 anos pode ser de governador, quatro mais quatro...
Ao qual, Ceciliano retruca:
“Não, não, não. Pé no chão. Candidatura ao Senado para que a gente possa ajudar o estado do Rio de Janeiro. Passamos por um momento muito difícil em 16 e 17. O estado está em seu melhor momento, mas a gente precisa garantir investimentos, desenvolvimento. Me sinto preparado para estar no Senado por 8 anos”.
O anúncio definitivo das candidaturas do PT e do arco de alianças no Rio deve ser feito no próximo dia 26, quando Lula visita Niterói nas comemorações dos 100 anos PCdoB, fundado na cidade em 1922.
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