Cultura fica sem representação na Câmara de SG na próxima legislatura
Parlamentares que defendiam pautas da área não conseguiram se reeleger
Por Cláudio Figueiras
O resultado eleitoral deste ano em São Gonçalo foi particularmente cruel para o segmento da Cultura na cidade, que não terá um representante na Câmara de Vereadores para chamar de seu e defender as pautas da área na próxima legislatura (2025-28).
O de maior destaque na área, Romario Regis (PSB) não conseguiu se reeleger, apesar da boa votação de mais de 4.500 votos. Ficou no meio da caminho por causa do coeficiente eleitoral, não alcançado pelo seu partido.
A vereadora Priscilla Canedo (PT), que abraçou as demandas dos agentes e fazedores de Cultura no seu mandato, também não se reelegeu. Embora, assim como Romario, tenha conseguido boa votação de quase 4.000 votos, ficando de fora por apenas 102 votos na federação que reuniu PT, PV e PCdoB.
"O vazio de representação será um grande baque para todos nós. Ainda mais agora com todos esses editais pipocando na cidade. A perda do Romario, cria da área, vai deixar um vazio enorme, porque dominava o assunto, o que dava a ele legitimidade junto ao governo para defender nossos interesses. Vide o caso da (Lei) Paulo Gustavo. Se ficou ruim, poderia ter sido pior se ele não interviesse no meio daquele caos. A coisa fica ainda mais melancólica sem a Priscilla, que na segunda metade do mandato deu uma guinada para a Cultura, dando grande visibilidade aos nossos trabalhos e causas. Espero que os vereadores que entram tenham sensibilidade com as demandas da área. Caso contrário, serão anos terríveis", lamenta Helcio Albano, jornalista e diretor da editora Apologia Brasil.
Foi o parlamentar pessebista que atuou com a artistas e agentes culturais junto à Secretaria de Cultura para superar os problemas encontrados na divulgação dos resultados dos editais da Lei Paulo Gustavo em São Gonçalo no início deste ano.
Já Priscilla trabalhou junto a artistas e intelectuais para valorização da História e Literatura gonçalenses, recuperando a Semana do Livro e dos Autores Gonçalenses, comemorada na última semana de outubro, além de promover o aniversário de fundação da cidade, comemorado em 6 de abril, mas que ainda não está previsto no calendário oficial do município.
O vereador Lucas Muniz (PRD), que foi secretário de Cultura (2021-22) no governo capitão Nelson (PL) - e que curiosamente tentou extinguir a pasta em 2020 no governo Nanci -, também não conseguiu se reeleger.
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