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Coreógrafo gonçalense brilha no Salgueiro

Por Douglas Miranda


Foto: Ensaio técnico na Sapucaí/Divulgação
Foto: Ensaio técnico na Sapucaí/Divulgação

O bailarino Wallace Guimarães, natural de São Gonçalo, assumiu a missão de coreografar a primeira ala e o abre-alas do Acadêmicos do Salgueiro para este carnaval de 2024.


Wallace iniciou a vida na dança ainda em São Gonçalo, aos 12 anos de idade, quando fez parte de um projeto social de dança inclusiva comandado pela coreógrafa Elizete Mascarenhas. Aos 15, foi estudar dança na escola Cenarte Dimensões, onde se formou e chegou a dar aulas. Continuou seus estudos na dança e se formou em Ballet Clássico, Dança Contemporânea, Jazz e Sapateado Americano.



Dançou com a Renato Vieira Cia de Dança; Dimensões Cia de Dança; Cia Perrine Valli (Suíça); Vivá Cia de Dança; Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; Solista na Cia de Ballet do Rio de Janeiro; Solista na Cia de Ballet Dalal Achcar; bailarino e professor convidado em diversas escolas e projetos de dança em todo o estado. Atualmente, Wallace atua como diretor da Cia O Que Me Move e é pesquisador de arte contemporânea no Parque Lage do Rio de Janeiro.


O carnaval entrou na vida do Wallace ainda muito jovem, aos 15 ele desfilou na comissão de frente da Mocidade Independente de Icaraí, escola do carnaval de Niterói. Ele também teve passagens por outras agremiações do carnaval de Niterói onde chegou a comandar a criação da comissão de frente da Mocidade Independente do Boaçu e Império de Araribóia. No carnaval carioca Wallace dançou em comissões de frente de escolas do Grupo Especial e do Grupo de Acesso (atual Série Ouro), entre elas Estácio de Sá, Portela, Porto da Pedra, Unidos do Viradouro, Unidos da Tijuca e Mocidade Independente de Padre Miguel.



No Salgueiro, ele assume uma das maiores missões da sua carreira dentro do carnaval, que é de criar e coordenar a coreografia da primeira ala e do abre-alas do Salgueiro. Comandando uma ala de 70 componentes e 10 bailarinos, a ala irá encenar o ritual Yakoana. Os 70 componentes irão representar xamãs do povo Yanomami, que irão invocar os Xapiris, que serão representados pelos 10 bailarinos. Dentro da crença do povo Yanomami, os Xapiris são seres de fora da terra, que são enviados para abençoar Hutukara, a terra prometida pelo deus Omama.


“Foram 4 meses de trabalho intenso, focado em condicionamento físico, pesquisa de movimentação dentro da história do povo Yanomami e pesquisa dentro do enredo. Cuidado com cada um deles, porque eles são 70 componentes com corpos diferentes, histórias diferentes, vivências diferentes e, mesmo a gente fazendo duas audições para conseguir esse elenco que está em cena, é um elenco misto, variando em idade. Então, a ideia foi capacitar todo esse elenco dos 70, que não são profissionais da dança. Capacitar potencialmente e em condicionamento físico também, para eles poderem entregar uma coreografia que é totalmente potente e forte, já que é um enredo forte.”


O que vimos no ensaio técnico do Salgueiro na Marquês de Sapucaí foi uma demonstração de que a ala comandada por Wallace promete causar grande impacto no desfile oficial. O Salgueiro será a terceira escola a desfilar no domingo de carnaval, em 11 de fevereiro.


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Douglas Miranda é graduando em História na FFP/UERJ

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